DIVERSIFICAÇÃO X CONCENTRAÇÃO SETORIAL: UMA ANÁLISE PARA OS ESTADOS BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.59776/2764-1015.2023.6808Resumo
As evidências empíricas sobre a estrutura produtiva de um país e sua disposição interna podem ser adequadas junto às teorias de concentração setorial da produção já em uso no âmbito internacional. Este trabalho estudou as curvas de concentração dos estados brasileiros de 1995 a 2017 procurando determinar a existência de curvas parabólicas e côncavas para cada estado. Foram construídos o índice de Gini-Hirschman e o índice de Hirschman-Herfindhal para os dados desagregados do Valor da Transformação Industrial (VTI) dos estados e feita uma comparação com seus respectivos níveis de renda domiciliar per capita. Observou-se a ocorrência de curvas em forma de ‘U’ para a concentração setorial dos estados brasileiros de 1996 a 2014 e, ainda, constatou-se que os estados com maiores níveis de renda são aqueles de estrutura industrial mais diversificada. Pode-se concluir que os estados do Brasil demonstraram uma tendência média inclinada para a concentração setorial de suas indústrias ao final do período abordado, ao passo em que este mesmo setor perdeu peso relativo no PIB nacional, a revelar sinais de especialização negativa do setor industrial.