AS ASSIMETRIAS ENTRE A IFRS 9 E AS CONSULTAS PÚBLICAS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.31864/rcc.v10i2.2690Palavras-chave:
Instituições financeiras, Operações de crédito, Provisão para perdas, IFRS 9Resumo
O estudo identifica assimetrias entre o IFRS 9 e as Consultas Públicas do Banco Central do
Brasil – Editais 54/2017 e 60/2018 – e os seus impactos na carteira de crédito da CAIXA. Foi
realizada uma pesquisa quantitativa, quanto à abordagem do problema, exploratória, quanto aos
objetivos, e um estudo de caso, quanto aos procedimentos. Os resultados demonstram que a
convergência do IFRS 9 ao padrão BRGAAP pelo BACEN trará um impacto no aumento da
provisão para perdas nas operações de crédito da CAIXA de aproximadamente 70% e que ainda
haverá a necessidade de manutenção de controles operacionais segregados para atendimento
aos requisitos do padrão IFRS, especificamente no que se refere ao reconhecimento de receitas
de juros das operações classificadas no Estágio 3, em que o BACEN determina que a receita
não deve ser registrada antes de seu efetivo recebimento, enquanto o órgão regulador
internacional estabelece o critério para registro da receita em base líquida da provisão. O
reconhecimento da provisão com base no modelo de perdas esperadas adotado pelo IFRS 9 e
propostas normativas do BACEN mais conservadoras que norma internacional, tende a
apresentar valores superiores í s perdas efetivas, entretanto, apresenta maior segurança ao
mercado em situações de crise.