OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES: UMA PERSPECTIVA DO CONSERVADORISMO CONDICIONAL E PERSISTÊNCIA DE EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
Palavras-chave:
Outros resultados abrangentes, Conservadorismo Condicional, PersistênciaResumo
Outros resultados abrangentes tem sido um tema intensamente debatido no meio acadêmico, que só foi consubstanciado em norma a partir da SFAS 130 (1997) do FASB, sendo traduzido para o Brasil através do CPC 26 e tornado obrigatório através dos órgãos reguladores para as companhias de capital aberto a partir do exercício de 2010. Estudos sobre conservadorismo e persistência dos outros resultados abrangentes ainda são incipientes, apenas algumas pesquisas empíricas têm tratado do assunto, como Badia et al. (2015) para conservadorismo condicional e Jones e Smith (2011) para persistência. Dentro deste cenário tenta-se com essa pesquisa avaliar estas duas características de qualidade dos ganhos para uma amostra de empresas brasileiras. Diante deste contexto, levanta-se a seguinte questão de pesquisa: outros resultados abrangentes apresentam aspectos qualitativos no que se refere ao conservadorismo e persistência para o setor elétrico brasileiro? Para responder a questão de pesquisa e atender aos objetivos propostos foi utilizada uma amostra de 24 empresas do setor elétrico brasileiro com ações negociadas na BM&F Bovespa que divulgaram resultados abrangentes em todo período compreendido entre os anos de 2010 a 2014. Quanto aos modelos estatísticos foram utilizados o modelo de Basú (1997) para conservadorismo e o modelo de Dechow e Schrand (2004) para persistência, estimados pelo método dos mínimos quadrados ordinários com dados em painel, para efeitos fixos, aleatório e pooled. Os principais achados da pesquisa mostraram que as empresas apresentaram conservadorismo condicional e baixa persistência nos outros resultados abrangentes, tanto para toda a amostra quanto pela análise de sensibilidade.