ESTUDO MORFODINÂMICO DO AMBIENTE LACUSTRE NO ARQUIPÉLAGO DE ANAVILHANAS, RIO NEGRO, BACIA AMAZÔNICA
Palavras-chave:
Planície de inundação, Geomorfologia fluvial, Sedimento suspenso, Sensoriamento remotoResumo
O rio Negro antes da confluência com o rio Amazonas apresenta um complexo sistema de ilhas, canais e lagos interconectados à planície de inundação, conhecido como Arquipélago de Anavilhanas. Este estudo teve como objetivo analisar a morfodinâmica dos lagos situados no interior das ilhas de Anavilhanas. Imagens dos satélites Sentinel-1 e Landsat-5 foram utilizadas para mapear as unidades fluviais de Anavilhanas e estimar o comprimento, área, perímetro, largura e forma dos lagos. Dados de batimetria, de granulometria e concentração de sedimentos suspensos coletados no maior lago de Anavilhanas são apresentados. Através da classificação de imagens do Sentinel-1 foi detectada uma superfície de água que variou de 340 a 390 km2 no ano hidrológico de 2017. O Complexo fluvial de Anavilhanas possui uma superfície de 2000 km2 dos quais 20% desta área é ocupada por mais de 300 lagos de forma alongada e estreita, com tamanho variando de 0,01 a 59 km2, onde 63% são menores que 0,53 km2. A dinâmica hidrológica anual do rio Negro ocasiona pouca mudança na superfície de água no ambiente lacustre de Anavilhanas, com variação de 15% na área ocupada pelos lagos entre o período de cheia e de seca. O maior lago de Anavilhanas (lago Apacú) apresenta média anual da concentração de sedimentos suspensos de 4,15 mg L-1, composto de partículas finas (D50 0,02 mm). Este trabalho apresenta para a comunidade científica um detalhado levantamento morfométrico dos lagos de Anavilhanas e uma análise de suas características locais com relação ao estilo geomorfológico do baixo rio Negro.
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