A MULHER INDÍGENA COMO SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE: GÊNERO E TRABALHO NA COMUNIDADE MENDONÇA DO AMARELíO

Autores

  • Sí­lvia Letí­cia Bezerra Santos
  • Guilherme Luiz Pereira Costa

Palavras-chave:

mulher indí­gena, Mendonça do Amarelão, direitos, etnografia

Resumo

O presente trabalho busca analisar a importância da
representatividade feminina na comunidade indí­gena dos Mendonça do
Amarelão, comunidade esta que se localiza na cidade de João Câmara, no
interior estado do Rio Grande do Norte. Seu histórico de conquistas está
sempre associado à luta feminina em prol de seus direitos e os da
comunidade. Consideramos relevante destacar o fato de que as maiores
lideranças da comunidade são representadas por mulheres. Para esta
pesquisa, utilizamos a História Oral como principal metodologia a ser
aplicada. No entanto, apesar de entendermos não ser necessário trazer na
í­ntegra e referenciar os relatos orais das mulheres interlocutoras, é
necessário analisar seus posicionamentos, tornando a análise de suas falas
recorrente no desenrolar do texto. O mesmo conceito aplica-se para a
compreensão do processo de (re)construção da identidade indí­gena na
comunidade do Amarelão. Assim, serão problematizadas percepções que
foram encontradas em entrevistas recentes, de forma indireta, de mulheres
que trabalham no grupo de artesanato indí­gena nomeado como Motyrum
Caaçu. Esse grupo de artesanato foi criado com o objetivo de manter a
cultura indí­gena presente na comunidade, e para tal finalidade, o artesanato
consiste em um elemento significativo, uma vez que produz a materialidade
da identificação da memória. Além disso, a produção do artesanato pode ser
considerada como algo essencial no que diz respeito à expressão da cultura.

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Publicado

2021-08-12