MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO DO COITÉ - ITIÚBA-BA
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2022.4231Palavras-chave:
Hidrogeomorfologia, Cartografia, Semiárido baiano, Recursos Hídricos, RelevoResumo
As bacias hidrográficas têm passado por alterações, sobretudo de origem antrópica, que rompem com a dinâmica de seus elementos hidrogeomorfológicas. Neste viés, a Cartografia Geomorfológica constitui uma das formas de análise dos ambientes naturais, incluindo as bacias hidrográficas, pois propicia possibilidades de representação do relevo. Deste modo, este trabalho tem por objetivo propor o mapeamento geomorfológico da bacia do riacho do Coité, município de Itiúba, Estado da Bahia (BA), no nordeste do Brasil, como ferramenta de auxílio ao uso e ocupação da terra, com base na metodologia proposta pelo IBGE (2009). A metodologia do trabalho consistiu na aquisição das fotografias aéreas e realização da estereoscopia digital, o georreferenciamento e a vetorização das feições do relevo, cuja integração dos dados foi realizada em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) com uso do software QGIS (versão 3.10.14). No que tange aos resultados, identificou-se o predomínio de formas e processos atuantes relacionadas aos Modelados de Aplainamento, referente ao pedimento, Modelados de Dissecação, representado pelos relevos residuais da Serra de Itiúba, e Modelados de acumulação, referente as planícies aluviais. Esta pesquisa ressalta a importância do ordenamento territorial e conservação destes ambientes e de novos trabalhos que visem estudar o semiárido nordestino.
Downloads
Referências
ANNYS, S; GHEBREYOHANNES, T; NYSSEN, J. Impact of hydropower dam operation and management on downstream hydrogeomorphology in semi-arid environments (Tekeze, Northern Ethiopia). Water, v. 12, n. 8, p. 2237, 2020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2073-4441/12/8/2237 Acesso em: 20 de Jan de 2022.
ASF DAAC. Alaska Satellite Facility Distributed Active Archive Center. Disponível em: https://www.asf.alaska.edu/sar-data/palsar/about-palsar/ Acesso em: 20 de Fev de 2022.
BASTOS, F.H.; CORDEIRO, A.M.N. Fatores naturais na evolução das paisagens no semiárido brasileiro: Uma abordagem geral. Revista Geonorte, [s. l.], v. 3, n. 5, p. 464–476, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/2099 Acesso em: 20 de Jan de 2022.
BELMONTE, A.M.C; GARCÍA, J.S. Flood risk assessment and mapping in peri-urban Mediterranean environments using hydrogeomorphology. Application to ephemeral streams in the Valencia region (eastern Spain). Landscape and Urban Planning, v. 104, n. 2, p. 189-200, 2012.
BIGARELLA, J.J.; MOUSINHO, M.R.; SILVA, J.X. Pediplanos, pedimentos e seus depósitos correlativos no Brasil. Espaço Aberto, v. 6, n. 2, p. 165-196, 2016.
BRASIL. Lei Federal n.º 6.766, de 19 dez. 1979. Dispõe Sobre o Parcelamento do Solo Urbano e Dá Outras Providencias. Brasília. Senado – DF. 1979. Incompleto xxxx.
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Institui o Novo Código florestal Brasileiro. Brasília – DF.2012.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Brasília – DF.2012.
BUFALINI, M; MATERAZZI, M; DE AMICIS, M; PAMBIANCHI, G. From traditional to modern ‘full coverage’ geomorphological mapping: a study case in the Chienti river basin (Marche region, central Italy). Journal of Maps, v. 17, n. 3, p. 17-28, 2021.
CARDOSO, M.L.M. Desafios e potencialidades dos comitês de bacias hidrográficas. Ciência e Cultura, v. 55, p. 40-41, 2003.
CARNEIRO, V.S. Impactos causados por necrochorume de cemitérios: meio ambiente e saúde pública. Águas subterrâneas, 2009.
CARVALHO, A.T.F. Bacia Hidrográfica como unidade de planejamento: discussão sobre os impactos da produção social na gestão de recursos hídricos no Brasil. Caderno Prudentino de Geografia, n. 42, v. 1, p. 140-161, 2020.
CARVALHO, A.T.F. Sistemas Fluviais e o uso de indicadores de sustentabilidade: discussão sobre a utilização do instrumento para gestão de cursos d’água no Brasil. Caderno Prudentino de Geografia, n. 41, v. 1, p. 86-99, 2019.
CARVALHO, L.M; RAMOS, M.A.B. Geodiversidade do estado da Bahia. 2010. Disponível em: http://dspace.cprm.gov.br/. Acesso em: 10 de jan. 2022.
CAVALCANTE, A.A. Geomorfologia fluvial no semiárido brasileiro. Revista de Geografia (Recife), v. 35, n. 4, p. 254-268, 2018.
CASSETI, V. Cartografia Geomorfológica, 2005. Livro Digital. Disponível em: http://www.funape.org.br/geomorfologia/. Acesso em: 10 de jan. 2022.
CEMITÉRIOS, A. B. A. S. Risco potencial às águas subterrâneas. Boletim Informativo da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas-ABAS, n. 111, p. 118, 2001.
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo: Edgar Blücher ltda, 1999.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 1980.
COLLARES, E.G. Avaliação de alterações em redes de drenagem de microbacias como subsídio ao zoneamento geoambiental de bacias hidrográficas: aplicação na bacia hidrográfica do rio Capivari-SP. São Carlos–SP: Escola de Engenharia de São Carlos, USP, 2000.
CONCEIÇÃO, H; ROSA, M.L.S; MACAMBIRA, M.J.B; SCHELLER, T; MARINHO, M.M; RIOS, D.C. 2.09 ga idade mínima da cristalização do Batólito Sienítico Itiúba: um problema para o posicionamento do clímax do metamorfismo granulítico (2, 05-2, 08 ga) no Cinturão Móvel Salvador-Curaçá, Bahia? Jornal Brasileiro de Geologia, v. 33, n. 4, p. 391-394, 2003.
CUNHA, C. M. L. A cartografia do relevo no contexto da gestão ambiental. Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Tese de doutorado). Rio Claro. 2001.
CUNHA, P. P. Vulnerabilidade e risco resultante da ocupação de uma planície aluvial-o exemplo das cheias do rio Mondego (Portugal central), no Inverno de 2000/2001. Territorium, n. 9, p. 13-35, 2002.
DENT, D; YOUNG, A. Levantamento e avaliação de solos. Londres, George Allen & Unwin., 1981, 278p.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2 ed. Brasília, 2006.
GIRÃO, O; CORRÊA, A.C.B. Progressos nos estudos de geomorfologia fluvial urbana ao final do século XX. Geo UERJ, n. 26, p. 245-269, 2015.
GRAF, W.L.. Caldwell: The Blackburn Press, 1988.
GRIFFITHS, J. S.; ABRAHAM, J. K. Fatores que afetam o uso de mapas de geomorfologia aplicada para comunicação com diferentes usuários finais. Jornal de Mapas, p. 201-210, 2008. DOI: 10.4113/jpm.2008.89
GUERRA, A.J.T. (Org.). Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
GUERRA, A.J.T.; SILVA, A.S.; & BOTELHO, R.G.M. (Org). Erosão e Conservação dos Solos: conceitos, temas e aplicações. 2ª Ed. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 2005.
HOFFMANN, G.P., NANNI, A.S. A modificação dos usos da terra e seus efeitos no escoamento das águas: uma revisão. 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Climas do Brasil, 2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 16 out. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual técnico da vegetação brasileira. 2. Edição. Rio de Janeiro. 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA -IBGE. Manual técnico de Uso da Terra. 2013. 3ª Ed. Rio de Janeiro.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/ />. 2019. Acesso em: 05 out. 2021.
ITIÚBA. Lei nº 085, de 31 de dezembro de 2008. Dispõe Sobre o Plano Diretor Participativo do Município de Itiúba e dá Outras Providencias. Itiúba – BA. 2008.
ITIÚBA. Lei nº 265, de 27 de agosto de 2013. Cria o Departamento Municipal de Meio Ambiente do Município de Itiúba e dá Outras Providencias. Itiúba – BA. 2013.
KHADRI, S.F.R.; PANDE, C. Remote sensing based hydro-geomorphological mapping of Mahesh River Basin, Akola, and Buldhana Districts, Maharashtra, india-effects for water resource evaluation and management. International Journal of Geology, Earth and Environmental Sciences, v. 5, n. 2, p. 178-187, 2015.
LEOPOLD, L.B.; MILLER, J.P. Ephemeral Streams: Hydraulic Factors and Their Relation to Drainage Net. Professional Paper 282-A. Washington: U.S. Geological Survey, 1956.
LIMA, K.C. Relações entre a rede de drenagem e as superfícies de aplainamento no semiárido: a bacia hidrográfica do rio Bom Sucesso (Bahia). 2012. 135 f. Dissertação - (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2012.
LIMA, K. C.; CUNHA, C.M.L; PEREZ FILHO, A. Dificuldades e possibilidades da cartografia geomorfológica no semiárido brasileiro. Revista Brasileira de Cartografia, v. 65, n. 6, p. 1063-1073, 2013.
LIMA, K.C.; LUPINACCI, C.M. Fragilidades E Potencialidades Dos Compartimentos Geomorfológicos Da Bacia Hidrográfica Do Rio Bom Sucesso–Semiárido Da Bahia/Brasil. REVISTA EQUADOR, v. 8, n. 2, p. 503-520, 2019.
MARCHIORI-FARIA, D.G., FERREIRA, C.J., PENTEADO, D.R., SILVA, P.C.F., CRIPPS, J. C., Mapeamento de risco a escorregamentos e inundações em áreas habitacionais de Diadema (SP). In: Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 11º. 2005. p. 892-907.
NETO, R.M; SILVA, F.P; FERNANDES, R.A; BARRETO, J.C; EDUARDO, C.C. A espacialidade do relevo em paisagens transformadas e sua representação: mapeamento geomorfológico da bacia do Rio Paraibuna, Sudeste de Minas Gerais. Raega- O Espaço Geográfico em Análise, v. 41, p. 65-81, 2017.
OKUNISHI K. Conceito e metodologia de hidrogeomorfologia. Transações, União Geomorfológica Japonesa, 15A, 1994. p.5-18.
OKUNISHI, K. Interações hidrogeomorfológicas: uma revisão da abordagem e estratégia. Transações, União Geomorfológica Japonesa, 12, 1991. p.99-116.
OLIVEIRA, L. A. Acidentes Geológicos Urbanos. Serviço Geológico do Paraná. Curitiba: 2010 (1° Edição), 78 p.
PALMA, P; FIALHO, S; LIMA, A; MOURINHA, C; PENHA; A; NOVAIS, M. H; ROSADO, A; MORAIS, M; POTES, M; COSTA, M.J; ALVARENGA, P., Land-Cover Patterns and Hydrogeomorphology of Tributaries: Are These Important Stressors for the Water Quality of Reservoirs in the Mediterranean Region? Water, v. 12, n. 10, p. 2665, 2020.
PASCHOAL, L.G; DA CONCEIÇÃO, F.T; DA CUNHA, C.M.L. Alterações hidrogeomorfológicas devido à dinâmica de uso da terra na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Santa Gertrudes (SP). Revista Brasileira de Geociências, p. 70-83, 2012.
PORTO, M. F; PORTO, R.L.L. Gestão de bacias hidrográficas. Estudos avançados, v. 22, p. 43-60, 2008.
RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais - Folha SC.24/25 Aracaju/Recife; Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Vegetação, Uso potencial da Terra. Edição Facsimilar. Volume 34, Rio de Janeiro: IBGE, 1983.
RASHID, I; ROOMSHOO, S.A; HAJAM, J. A; ABDULLAH, T., A semi-automated approach for mapping geomorphology in mountainous terrain, Ferozpora watershed (Kashmir Himalaya). Journal of the Geological Society of India, v. 88, n. 2, p. 206-212, 2016.
ROSS, J.L.S. Ecogeografia do Brasil: Subsídios para planejamento ambiental. 1ª ed. Editora Oficina de Textos, São Paulo, 2006.
SCHEIDEGGER, A. E. Hidrogeomorfologia. Jornal de Hidrologia, n. 20, p. 193-215, 1973
SIDLE, R. C.; ONDA, Y. Hidrogeomorfologia: visão geral de uma ciência emergente. Processos Hidrológicos, n. 18, p. 597-602, 2004.
SOUZA, S.O.; LUPINACCI, C. M.; DE OLIVEIRA, R. C. A Cartografia Geomorfológica enquanto instrumento para o planejamento em áreas litorâneas: considerações a partir da região Costa das Baleias-Bahia-Brasil. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 22, n. 3, 2021.
SPM. Stereo Photo Maker. Disponível em: https://www.stereo.jpn.org/eng/stphmkr/ Acesso em: 20 de Fev de 2022.
SUGUIO, K. Dicionário de geologia sedimentar e áreas afins. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Perfil dos Territórios de Identidade. (Série territórios de identidade da Bahia, v. 3). Salvador: SEI, 2016.
SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Perfil dos Territórios de Identidade. (Série territórios de identidade da Bahia, v. 3). Salvador: SEI, 2018.
TUCCI, C. E. M. 1997. Hidrologia: ciência e aplicação. 2.ed. Porto Alegre: ABRH/ Editora da UFRGS, 1997. (Col. ABRH de Recursos Hídricos, v.4).
TUCCI, C. E. M., HESPANHOL, I., CORDEIRO NETTO, O. de M. Gestão da água no Brasil. Brasília: UNESCO, 2001.
TUNDISI, J.G. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista USP, n. 70, p. 24-35, 2006.
VIRÃES, M.V. Regionalização de vazões nas bacias hidrográficas brasileiras: estudo da vazão de 95% de permanência da sub-bacia 50, bacias dos rios Itapicuru, Vaza Barris, Real, Inhambupe, Pojuca, Sergipe, Japaratuba, Subaúma e Jacuípe. 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Geotemas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que submeterem seus manuscritos para a Geotemas declaram que o trabalho trata-se de artigo original, não tendo sido submetido para publicação, na íntegra ou em parte, em outro periódico científico nacional ou internacional ou em outro veículo de circulação. Os autores declaram também que concordam com a transferência dos direitos autorais do referido artigo para a revista Geotemas (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), permitindo publicações posteriores, desde que seja assegurada a fonte de sua publicação. Assumem, por fim, a responsabilidade pública pelo artigo, estando cientes de que poderão incidir sobre os mesmos os eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do trabalho.