O USO DE EMOJIS NA REPRESENTAÇÃO DE DADOS TEMÁTICOS: UMA PRÁTICA DE CARTOGRAFIA ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2024.5831Palavras-chave:
Linguagem Cartográfica, Representação Espacial, Ensino de GeografiaResumo
A Cartografia escolar surgiu na interface entre a Geografia, Ensino e Cartografia, portanto, voltada a inserção da Cartografia na educação básica. Diante disso, o objetivo deste artigo é utilizar os emojis como ferramenta de representação gráfica de dados temáticos, no ambiente escolar. Metodologicamente, foram disponibilizadas cartelas de emojis para os estudantes representarem dados socioeconômicos, agropecuários e populacionais nos mapas base do município de Jari (RS) e Nova Esperança do Sul (RS) e municípios limítrofes. Ao longo da oficina, os estudantes demonstraram-se empolgados para elaborarem mapas com emojis, pois tratava-se de dados temáticos do seu espaço de vivência. Contudo, salienta-se que demonstraram maior facilidade na representação de dados qualitativos, em relação aos dados quantitativos. Foram utilizados, em sua maioria, emojis com expressões faciais, do que os símbolos pictóricos para representar os dados. Diante disso, muitos recorreram ao uso de emojis de expressão, denotando felicidade e tristeza em relação a maior ou menor quantidade de dados, respectivamente. Quanto aos aspectos emocionais, os(as) alunos(as) se identificaram com a produção de soja, principal cultura dos municípios, sendo representada comumente por notas de dinheiro ou pelos bens que seriam adquiridos com a renda da cultura. Sendo assim, as oficinas propostas contribuíram para aumentar o conhecimento geográfico local e regional, e promoveu a Alfabetização e Letramento Cartográfico dos (as) alunos (as).
Downloads
Referências
ALMEIDA, R. D.; DE ALMEIDA, R. A. Fundamentos e perspectivas da cartografia escolar no Brasil. Revista Brasileira de Cartografia, v. 66, n. 4, 30 ago. 2014.
ALMEIDA, R. D. de. Cartografia Escolar. São Paulo: Contexto, 2007.
ALMEIDA, R. D. Novos rumos da Cartografia Escolar: currículo, linguagem e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011.
ARCHELA, R. S.; THÉRY, H. Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. Confins, n. 3, 2008.
ARCHELA, R. S.; ARCHELA, E. Correntes da cartografia teórica e seus reflexos na pesquisa. Geografia (Londrina), v. 11, n. 2, p. 161-170, 2002.
BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Penso Editora, 2018.
BAI, Q.; DAN. Q.; MU, Z.; YANG, M. A systematic review of emoji: Current research and future perspectives. Frontiers in psychology, p. 2221, 2019.
BEILFUSS, E. M.; PETSCH, C.; BEN, F. D.; ROBAINA, L. E. D. S.; TRENTIN, R.; SCCOTI, A. A. V. Atlas Geoambiental de Jari-RS, 2022. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/27509 . Acessado em: 12 de dezembro de 2023.
BEN, F. D.; SCHNORR, G. G.; ROBAINA, L. E. D. S.; PETSCH, C.; TRENTIN, R.; SCCOTI, A. A. V. Atlas Geoambiental de Nova Esperança do Sul-RS, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/29757. Acessado em: 12 de dezembro de 2023.
BREDA, T. V. “Por que eu tenho que trabalhar lateralidade?”: experiências formativas com professoras dos anos iniciais. 2017. Tese (Doutorado em Ciência e Educação) Universidade Estadual de Campinas, Universidade Autónoma de Madrid, Campinas, 2017.
BREDA, T. V.; STRAFORINI, R. Alfabetizar letrando: possibilidades para uma cartografia porosa. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 280–297, 2020. DOI: 10.5216/ag.v14i2.58950. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/58950. Acesso em: 9 jun. 2024.
CALLAI, H. C. O Estudo do Lugar e a Pesquisa como Princípio da Aprendizagem. Espaços da escola, n. 47, p. 1-6, 2013.
CAMARA, G. S.; CAMBOIM, S. P.; BRAVO, J. V. M. Collaborative emotional mapping as a tool for urban mobility planning. Boletim de Ciências Geodésicas, v. 27, p. 1-18, 2021.
CAQUARD, S.; GRIFFIN, A. Mapping Emotional Cartography. Cartographic Perspectives, n. 91, p. 4-16, 2019.
CASTRO, V. A. D.; CAMPOS, M. A.; DIBIASE, A. S.; GARRA, A. M.; JULIARENA, C. E.; REY, C.; PIERRE, T. S. A divertida experiência de aprender com mapas. In: ALMEIDA, R. D. (Org.). Novos rumos da Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, p. 91-108, 2011.
CHERNOFF, H. The use of faces to represent points in k-dimensional space graphically. Journal of the American Statistical Association, v. 68, n. 342, p. 361–368, 1973.
DECARLI, C.; FRAGA, C.C.; CARMO, J. S. Amorismo: A Construção de um Índice Emocional por Meio do Mapeamento Socioemocional. Revista Contexto & Educação, v. 36, n. 114, p. 316-331, 2021.
FISCHER, B.; HERBERT, C. Emoji as Affective Symbols: Affective judgments of emoji, emoticons and human faces varying in emotional content. Frontiers in psychology, v. 12, p. 1019, 2021.
GIRARDI, G. Política e potência das imagens cartográficas na Geografia. In: OLIVEIRA JÚNIOR, W. M.; CAZETTA, V. (Orgs.). Grafias do espaço: imagens na educação geográfica contemporânea. Campinas: Alínea, Cap. 3, 2013.
GOODCHILD, M. F. The use cases of Digital Earth. International journal of digital earth, v. 1, n. 1, p. 31-42, 2008.
HAUTHAL, E.; DUNKEL, A.; BURGHARDT, D. Emojis as Contextual Indicants in Location-Based Social Media Posts. ISPRS International Journal of Geo-Information, v. 10, n. 6, p. 407, 2021.
SPINELLI, J. G.; ZHOU, Y. Mapping Quality of Life with Chernoff Faces. Proceedings of Twenty-Fourth ESRI International User Conference, p. 1-6, 2004.
KAYE, L.K.; WALL, H. J.; MALONE, S. A. “Turn that frown upside-down”: A contextual account of emoticon usage on different virtual platforms. Computers in Human Behavior, v. 60, p. 463-467, 2016.
MARTINELLI, M. Cartografia: reflexões acerca de uma caminhada. Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 7, n. 13, p. 21-50, 2017.
MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção mídias contemporâneas. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, v. 2, n. 1, p. 15-33, 2015.
NASCIMENTO, R. L.; OLIVEIRA, A. V. A Contribuição da Metodologia das Faces de Chernoff no Processo de Ensino e Aprendizagem da Geografia na Escola de Referência Em Ensino Médio Professor Manoel Joaquim Leite - Cedro / PE. PESQUISAR–Revista de Estudos e Pesquisas em Ensino de Geografia, v. 7, p. 66-84, 2020.
NUÑEZ, J. J. R. Ideas para el uso de las caras de Chernoff en la cartografía escolar. Boletim de Geografia, v. 28, n. 1, p. 5-15, 2010.
NOVAK, P.K.; SMAILOVIC, J.; SLUBAN, B.; MOZETIC, I. Sentiment of Emojis. PLoS ONE, v. 10, p. 1-22, 2015.
PASSINI, E. Y. Alfabetização cartográfica e o Atlas Municipal. Anais do 9º Encontro de Geógrafos da América Latina, 2003.
PASSINI, E. Y. Alfabetização Cartográfica. In: Passini, E. Y.; PASSINI, R.; MALYSZ, S. T. Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PASSINI, E. Y.; CARNEIRO, S. M. M.; NOGUEIRA, V. Contribuições da alfabetização cartográfica na formação da consciência espacial-cidadã. Revista Brasileira de Cartografia, Rio de Janeiro, v.66, n.4, p. 741-755, 2014.
PASSINI, E. Y.; DE SÁ, M. G. Atlas escolar de Maringá: pesquisa e avaliação. Teoria e Prática da Educação, v. 12, n. 3, p. 303-308, 2009.
PISSINATI, M. C.; ARCHELA, R. S. Fundamentos da alfabetização cartográfica no ensino de geografia. Geografia, v. 16, n. 1, p.169-195, 2007.
RICHTER, D. A linguagem cartográfica no ensino de Geografia. Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 7, n. 13, p. 277-300, 2017.
ROBAINA, L. E.S.; MENEZES, D. J. Valorização do estudo do lugar a partir do atlas geoambiental de São Pedro do Sul, RS. Geosaberes, Fortaleza, v. 11, p. 60 - 71, 2015.
SHAH R.; TEWARI R. Mapeando o uso de emojis entre os jovens. Jornal de Comunicações Criativas, v. 16, n. 1, p. 113-125, 2021.
SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS, A.F.A (Org.). A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
RIZZATTI, M.; BECKER, E. L. S.; CASSOL, R. Cartografia escolar e jogos eletrônicos: A Alfabetização cartográfica para interpretação de mapas em games. Metodologias e Aprendizado, 4, 241–248, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Geotemas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que submeterem seus manuscritos para a Geotemas declaram que o trabalho trata-se de artigo original, não tendo sido submetido para publicação, na íntegra ou em parte, em outro periódico científico nacional ou internacional ou em outro veículo de circulação. Os autores declaram também que concordam com a transferência dos direitos autorais do referido artigo para a revista Geotemas (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), permitindo publicações posteriores, desde que seja assegurada a fonte de sua publicação. Assumem, por fim, a responsabilidade pública pelo artigo, estando cientes de que poderão incidir sobre os mesmos os eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do trabalho.