AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO A PAGAR DOS FREQUENTADORES DE UMA PRAIA PELOS BENEFÍCIOS AMBIENTAIS

Autores

Palavras-chave:

Economia, Valoração, Serviços, Recursos naturais

Resumo

As áreas costeiras são de relevante interesse cientí­fico, social, ambiental e econômico. Representam a interface entre os ecossistemas terrestres e marinhos servindo como áreas de lazer e diversão para diversas pessoas. O presente trabalho objetivou identificar através do método de valoração contingente a disposição a pagar, por parte de usuários da Praia da Barra do Ceará na cidade de Fortaleza-CE, pela recuperação e/ou preservação da área e caracterizar o perfil socioeconômico dos frequentadores. Para tanto, foram aplicados questionários aos frequentadores da área de estudo. Foi utilizado o Método de Valoração Contingente – MVC, avaliando a Disposição a Pagar (DAP) por meio da pergunta: Você estaria disposto conservar a praia. Os resultados mostraram que 54,05% dos usuários estão dispostos a contribuir com até dez reais para ajudar a conservar e manter a Praia em boas condições, e que 45,95% dos entrevistados declaram não estar dispostos a pagar nenhum valor. Um pouco mais da metade dos visitantes da praia entende as más condições ambientais do local na atualidade e se colocam dispostos a contribuir financeiramente com a conservação do local. Portanto, torna-se necessário a aplicação de pesquisas que visem a realização de análise econômica de ambientes, visto ser um importante instrumento para a gestão pública e para a gestão dos recursos naturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jordana Sampaio Leite, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza (CE), Brasil. 

Cyntia Rafaela Ferreira de Moraes, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutoranda no Programa de PósGraduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza (CE), Brasil. 

David Hélio Miranda de Medeiros, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor substituto do curso de graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Bolsista CAPES, Fortaleza (CE), Brasil. 

Ivo Stuardo Orellana Salazar, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza (CE), Brasil.  

Referências

ABREU, E. A.; PSILVA, A. G.; JUNIOR, G. G. S.; MELO, R. S. N. Uma análise do custo

de viagem para a praia da avenida em Maceió. In: XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, 2008, Rio Branco. Anais... Rio Branco: SOBER, 2008.

BRASIL. Lei N°7661, de 16 de maio de 1988. Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, Brasí­lia, DF, mai. 1988. Disponí­vel em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/ l7661. Acesso em: 12 jan. 2018.

CRISTIANO, S. C.; ROCKETT, G. C.; PORTZ, L. C.; ANFUSO, G.; GRUBERB, N. L. S.;

WILLIAMS, A. T. Evaluation of Coastal Scenery in Urban Beaches: Torres, Rio Grande do Sul, Brazil. Journal of Integrated Coastal Zone Management, v. 16, n. 1, p.71-78, 2016.

COSTA, C. F.; SASSI, R.; COSTA, M. A. J.; BRITO, A. C. L. Recifes costeiros da Paraí­ba, Brasil: usos, impactos e necessidades e manejo no contexto da sustentabilidade. Gaia Scientia, [S.l.;s.n.], v.1, n.1, p.37-45, 2007.

COSTA, M. E. L. da; SOUZA, R. A. T. de M. e; RIBEIRO, A. R.; PASA, M. C. Respostas

de protesto na disposição a pagar espontânea e induzida nas técnicas de lances livres e referendo pelo método de valoração contingente. Biodiversidade, v.14, n.1, p. 117-144, 2015.

CUNHA-LIGNON, M.; MENGHINI, R. P.; SANTOS, L. C. M.; NIEMEYER-DINÓLA, C.;

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. Estudos de Caso nos Manguezais do Estado de São Paulo (Brasil): Aplicação de Ferramentas com Diferentes Escalas Espaço-Temporais. Journal of Integrated Coastal Zone Management, v.9, n.1, p.79-91, 2009.

FERREIRA, J. A.; SILVA, C. A.; RESENDE, A. T. Projeto Baí­a Limpa: Monitoração de Ambientes Marinhos Degredados por Resí­duos Sólidos na Baí­a de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil. Journal of Integrated Coastal Zone Management, v. 11, n.1, p.103-113, 2011.

FERREIRA, J. C. V; SILVA, E. E. S; AMARO, V. E; ESTEVES, L. S; FERNANDES, E.

Serviços ambientais oferecidos pelas praias de Ponta Negra e via costeira: perpectivas de valoração. Revista do CERES, v.1, n.2, 2015.

FINCO, M. V. A.; ABDALLAH, P. R. Valoração Econômica do Meio Ambiente: O Método do Custo de Viagem Aplicado do Litoral do Rio Grande do Sul. Teoria e Evidência Econômica, UPF, v. 10, p. 49-63, 2002.

FINCO, M. V. A.; RODRIGUES, W.; RODRIGUES, S.; BARBOSA, G.; SILVA, E.

Valoração ambiental: uma aplicação do método de valoração contingente nas praias da cidade de Palmas/TO. In:

CONGRESSO DA SOBER, 43, 2005, Ribeirão Preto. Anais... Ribeirão Preto: SOBER, 2005.

FINCO, M. V. A.; VALADARES, M. B. Valoração econômica: os métodos do custo de viagem e de valoração contingente aplicados í s praias de Palmas - TO. 2007.

FLYNN, M. N.; VALÉRIO-BERARDO, M. T.; PEREIRA, W. R. L. S. Impacto

ecotoxicológico do derramamento de petróleo em São Sebastião, São Paulo, sobre as taxas vitais de população do anfí­pode Jassa Slaterryi. RevInter-Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 4, n. 3, p. 65-78, out. 2011.

FOURNIER, J.; ASTRO PANIZZA, A. C. Contribuições das áreas marinhas protegidas para a conservação e a gestão do ambiente marinho. RA"™EGA, Curitiba, n. 7, p. 55-62, 2003.

HILDEBRAND, E.; GRAÇA, L. R.; HOEFLICH, V. A. "Valoração contingente" na avaliação econômica de áreas verdes urbanas. Floresta, v. 32, n.1, p.121-132, 2002.

JACOBI, P. R.; SINISGALLI, P. A. A. Governança ambiental e economia verde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n.6, p. 1469-1478, 2012.

MATTOS, K. M. C.; MATTOS, A. Valoração econoÌ‚mica do meio ambiente: uma abordagem teórica e prática. São Carlos: Rima Fapesp, 2004.

MORGADO, R. C.; ABREU, L. M.; RÉQUIA, W. J.; ARAVÉCHIA, J. C. Valoração

ambiental do parque ecológico de usos múltiplos íguas Claras - DF: Analisando a disposição a pagar dos usuários. REA – Revista de estudos ambientais. v.13, n. 2, p. 6- 17, 2011.

MOTTA, R. S. Economia Ambiental. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. 228p.

PREVE, D. R.; STUDT, M.; FREITAS, R. R. Recuperação ambiental em ecossistemas costeiros impactados por empreendimentos imobiliários e pela ocupação urbana em áreas de preservação e unidades de conservação. Amicus Curiae. v.9, n.9, 2012.

ROQUETTE, M.E.T.; PAVAN-FILHO, F.; COSTA, T.J.F.; CARVALHO, R.C. Projeto

Monitores Marinhos (MOMAR): proporcionando uma nova visão dos ambientes marinhos capixabas. Revista Brasileira de Ecoturismo. São Paulo, v.3, n.2, p. 273-282, 2010.

SOUZA, C. R. G. A Erosão Costeira e os Desafios da Gestão Costeira no Brasil. Journal of Integrated Coastal Zone Management, v.9, n.1, p.17-37, 2009.

TERCEIRO, A. M.; SANTOS, J. J. S.; CORREIA, M. M. F. Caracterização da sociedade, economia e meio ambiente costeiro atuante í exploração dos manguezais no estado do Maranhão. Revista de Administração e Negócios da Amazônia. v.5, n.3, 2013.

Downloads

Publicado

30-04-2019

Como Citar

LEITE, J. S. .; MORAES, C. R. F. de .; MEDEIROS, D. H. M. de .; SALAZAR, I. S. O. . AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO A PAGAR DOS FREQUENTADORES DE UMA PRAIA PELOS BENEFÍCIOS AMBIENTAIS. Revista Geotemas, Pau dos Ferros, v. 9, n. 1, p. 70–86, 2019. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/GEOTemas/article/view/910. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)