DO RIO GRANDE DO NORTE AO RIO GRANDE DO SUL: representações sociais dos estudantes do ensino médio integrado Leonardo Pinto dos
Palavras-chave:
Geografia Escolar, Representações Sociais, Ensino Médio, Epistemologia GenéticaResumo
As escolas podem perfeitamente se tornar locais singulares, como mundos próprios nos quais as distintas juventudes se encontram trocando narrativas sobre seus ires e vires na sociedade. A Geografia Escolar, nesse momento de muitas singularidades, se insere dentro da escola se encaminhando sobre possibilidades de comunicação entre professor, aluno e os diferentes campos do conhecimento e lugares de aprendizagem. Tecendo esta comunicação entre distintos atores e espaços, temos as representações sociais costurando e dando vida a nossa prática. Com a teoria das representações sociais, valorizamos a leitura do espaço geográfico em diferentes escalas e vieses, construindo um engajamento que busca responder aos desafios que os nossos discentes enfrentam na sociedade atual. Como estes alunos constroem o conhecimento deve ser a agulha que forma com as "linhas", representações sociais, a essência que da forma ao trabalho docente, é ponto pacífico que o conhecimento é socialmente construído, e sua construção não é linear, não é restrita a um único percurso, não garante um único resultado. É neste ínterim que nos valemos das representações sociais para concretude deste trabalho, uma vez que elas objetivam dentre tantas coisas, desocultar o familiar e o não familiar, sendo vista como uma "atmosfera" em relação ao indivíduo ou ao grupo. A construção da aprendizagem deve levar em conta o contexto e as características individuais, além de criar condições para investir na diversidade (e não na uniformidade), no protagonismo, na construção conjunta de conhecimentos (e não na repetição), por isso mesmo do uso das representações sociais dentro da educação básica, pudendo ver/analisar conceitos e ideias formadas por estes jovens com quem travamos nossas relações diárias de professor-aluno, compreendendo o aluno como sujeito ativo que não deve ser negado. Somos sujeitos históricos e chegamos aonde estamos por termos vivido o que vivemos, sendo assim, os saberes não podem ser desconsiderados, o que pautamos nas representações para a desocultação destes saberes constituídos nas caminhadas destes jovens, tentando ver como este estudante constrói o conhecimento e a influência da mídia dentro desta construção. Seguindo os pressupostos das representações e tendo como aporte teórico a Epistemologia Genética de Jean Piaget, no presente trabalho procuramos analisar as representações sociais que os estudantes do Rio Grande do Norte têm a respeito do Rio Grande do Sul, tentando possibilitar, a partir desse levantamento, uma abordagem educacional que produza e mobilize conhecimentos e competências em torno das adversidades deste novo mundo ao qual eu, nós, vós estamos travando relações diárias.