DEMANDAS DA COMUNIDADE DISCIPLINAR DE ENSINO DE BIOLOGIA
articulações nas políticas curriculares
DOI:
https://doi.org/10.21920/recei.v10i33.5917Palavras-chave:
Comunidade Disciplinar, Ensino de Biologia, Teoria do Discurso, Política CurricularResumo
Em um exercício de interpretação da comunidade disciplinar de Ensino de Biologia como produtora de políticas curriculares, partimos do entendimento de comunidade disciplinar como produtora de sentidos para as políticas e como, simultaneamente, tendo sua identidade produzida nessa mesma política, levando a uma comunidade sem comunhão. A comunidade disciplinar torna-se o resultado da articulação de demandas diferenciais atravessadas pelas lógicas da diferença e da equivalência. Nessa perspectiva, apresentamos os resultados de uma investigação de demandas curriculares da comunidade disciplinar de Ensino de Biologia no Brasil, considerando-as articuladas a tantas outras, capazes de produzir significações para a própria comunidade e para o currículo.
Downloads
Referências
ABREU, R. G. De. A comunidade disciplinar de química na produção de políticas curriculares para o ensino médio no Brasil. 2010. Tese (Doutorado em educação). Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
BAPTISTA, L. V.; AZEVEDO, R. B. De; GOLDSCHMIDT, A. I. Tríade basilar: uso das estratégias, a inclusão da história e filosofia da Biologia e a confecção de material didático. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemática, [s.l.], v. 12, no 23, p. 31–43, 2015.
BOSTOCK, J. Exploring in-service trainee teacher expertise and practice: Developing pedagogical content knowledge. Innovations in Education and Teaching International, [s.l.], v. 56, no 5, p. 605–616, 2019. ISSN: 1470-3297, DOI: 10.1080/14703297.2018.1562358.
BUSNARDO, Flávia de Mattos Giovannini. A comunidade disciplinar de ensino de Biologia na produção de políticas de currículo. 2010. 1 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação, UERJ, Rio de Janeiro, 2010.
BUSNARDO, F.; LOPES, A. C. Os discursos da comunidade disciplinar de ensino de biologia: circulação em múltiplos contextos. Ciência & Educação (Bauru), [s.l.], v. 16, no 1, p. 87–102, 2010. DOI: 10.1590/s1516-73132010000100005.
CAPES. QUALIS. 2019. Disponível em: <https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/ public/index.xhtml#>. Acesso em: 18/jul./19.
CORRÊA, L. M. P.; OLIVEIRA, N. A. A filosofia como disciplina curricular no contexto da educação brasileira: aspectos metodológicos e históricos ancorados nas teorias de currículo. Polyphonía, [s.l.], v. 28, no 2, p. 391–407, 2017.
COSTA, H. H. C. O conhecimento como resposta curricular à alteridade. 2013. 137 p. - Tese (Doutorado em educação). Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
COSTA, H. H. C. “SERÍAMOS A POLÍTICA QUE CRITICAMOS?”:: a interlocução do povo da Geografia na produção da BNCC. Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 10, n. 19, p. 125–152, 24 jul. 2020.
COSTA, H. H. C.; LOPES, A. C. A comunidade disciplinar em Goodson: impasses em um registro pós-estrutural. Revista Brasileira de Educação, [s.l.], v. 21, no 67, p. 1009–1032, 2016. ISSN: 1413-2478, DOI: 10.1590/S1413-24782016216751.
FERNANDES, K. B.; FERREIRA, M. S. OFICINAS PEDAGÓGICAS DO PROJETO FUNDÃO BIOLOGIA – UFRJ: ENTRE TRADIÇÕES CURRICULARES NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, [s.l.], v. 1, no 3, p. 3368–3375, 2010.
GÅFVELS, C.; LINDBERG, V. Theorising craft practices through sketching. FormAkademisk, [s.l.], v. 14, no 2, 2021. ISSN: 1890-9515, DOI: 10.7577/formakademisk.4206.
GOMES, M. L. M.; ROQUE, A. C. C. Aspectos da Construção Social do Currículo de um Curso de Licenciatura em Matemática. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 37, p. 1147–1170, 11 dez. 2023.
GOODSON, I. Construção social do currículo. Coletânea de textos de Goodson organizada por António Nóvoa. In: EDUCA (Org.). Lisboa: [s.n.], 1997.
______. Currículo: teoria e história. 15a ed. Petrópolis: Vozes, 2018.
JOHNSTON, R. Changing a discipline in universities and a subject in schools: British geography in the 1950s–1970s. History of Education, [s.l.], v. 48, no 5, p. 682–699, 2019. ISSN: 0046-760X, DOI: 10.1080/0046760X.2019.1584650.
LÃ, R. B. P.; LIMA-TAVARES, D. A. A formação de professores de ciências biológicas no âmbito da educação a distância (EAD): um estudo do currículo na abordagem dos mapas conceituais. Revista de Ensino de Biologia, [s.l.], v. 1, no 9, p. 982–994, 2016.
LACLAU, E. New reflections on the revolution of our time. London: Verso, 1990. 263 p. ISBN: 978-0-86091-919-3.
______. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011. 222 p. ISBN: 978-85-7511-199-4.
______. A razão populista. São Paulo: Três Estrelas, 2018. 383 p. ISBN: 978-85-65339-19-3.
LACLAU, E.; MOUFFE, C. Hegemonia e estratégia socialista: por uma política democrática radical. 1 ed. São Paulo: Intermeios, 2015. 288 p. ISBN: 9788584990085.
LIMA-TAVARES, M. De; EL-HANI, C. N. Um olhar epistemológico sobre a transposição didática da Teoria Gaia. Investigações em Ensino de Ciências, [s.l.], v. 6, no 3, p. 299–336, 2001.
LIMA, K. E. C.; VASCONCELOS, S. D. Envolvimento em Atividades Extra-Classe, Avaliação do Curso e Perspectivas de Licenciandos em Biologia da Universidade Federal de Pernambuco. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, [s.l.], v. 9, no 3, 2009.
LOPES, A. C. Sobre a decisão política em terreno indecidível. In: LOPES, A. C.; SISCAR, M. (Orgs.). Pensando a política com Derrida: responsabilidade, tradução, porvir. São Paulo: Cortez, 2018. p. 83–116.
______. Articulações de demandas educativas (im)possibilitadas pelo antagonismo ao “marxismo cultural”. Education Policy Analysis Archives, [s.l.], v. 27, p. 1–21, 2019. ISSN: 1068-2341, DOI: 10.14507/epaa.27.4881.
LOPES, A. C.; COSTA, H. H. C. School Subject Community in Times of Death of the Subject. Policy Futures in Education, [s.l.], v. 17, no 2, p. 105–121, 2019. ISSN: 1478-2103, DOI: 10.1177/1478210318766955.
LOPES, A. C.; MACEDO, E. Teorias De Currículo. Revista Teias. São Paulo: Cortez, 2012. v. 13, 19 pgs. p. ISBN: 978-85-249-1833-9, ISSN: 1982-0305, DOI: 10.12957/teias.2012.24267.
LOPES, W. R.; VASCONCELOS, S. D. REPRESENTAÇÃO E DISTORÇÕES CONCEITUAIS DO CONTEÚDO"FILOGENIA EM LIVROS DIDÁTÍCOS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), [s.l.], v. 14, no 3, p. 149–165, 2012. ISSN: 1983-2117, DOI: 10.1590/1983-21172012140310.
MACEDO, E. Currículo e conhecimento: aproximações entre educação e ensino. Cadernos de Pesquisa, [s.l.], v. 42, no 147, p. 716–737, 2012. ISSN: 0100-1574, DOI: 10.1590/S0100-15742012000300004.
MARINHO, L. C.; SETÚVAL, F. A. R.; AZEVEDO, C. O. BOTÂNICA GERAL DE ANGIOSPERMAS NO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LIVROS DIDÁTICOS. Investigações em Ensino de Ciências, [s.l.], v. 20, no 3, p. 237, 2015. ISSN: 1518-8795, DOI: 10.22600/1518-8795.ienci2016v20n3p237.
MARTINS, F. F.; GONÇALVES., T. V. O. Constituição docente num mundo tecnologicamente mediado: sentidos atribuídos por professores na Amazônia à formação continuada de Ciência e Matemática a distância. Revista da SBEnBio, [s.l.], v. 1, no 5, p. 68–82, 2013.
MILACH, E. M. et al. A ILUSTRAÇÃO CIENTÍFICA COMO UMA FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE BOTÂNICA. ACTA SCIENTAE, [s.l.], v. 17, no 3, p. 672–683, 2015.
MOREIRA, L. B.; VILELA, M. L.; SELLES, S. E. A saúde no currículo escolar em debate entre professores dos anos iniciais e licenciandos em pedagogia. Revista de Ensino de Biologia, [s.l.], v. 1, no 9, p. 1973–1984, 2016.
MOUFFE, C. Sobre o político. 1a ed. São Paulo: WMF Martins Fontes Ltda., 2015. 135 p. ISBN: 978-85-782-946-2.
OLIVEIRA, N. F.; AZEVEDO, T. M.; SODRÉ NETO, L. Concepções alternativas sobre microrganismos: alerta para a necessidade de melhoria no processo ensino-aprendizagem de biologia. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, [s.l.], v. 9, no 1, 2016. ISSN: 1982-873X, DOI: 10.3895/rbect.v9n1.2031.
PEREIRA, P. da S. et al. MONTAGEM DE MINI HERBÁRIO E APLICAÇÃO DE JOGO DIDÁTICO: UMA VISÃO MACRO E MICROSCÓPICA DAS ESTRUTURAS VEGETAIS. REnCiMa, [s.l.], v. 8, no 5, p. 63–79, 2017.
QUEIROZ, L. da S.; GOMES, M. M. P. de L. Currículo de Ciências dos três primeiros anos do Ensino Fundamental: o uso de livros de literatura infantil. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, p. 193–205, 7 jul. 2020.
RODRIGUES, D.; CARNEIRO, C. C. B. e S. Currículo de Biologia como território de disputas: análise de currículos estaduais cearenses após os anos 1990. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, p. 532–556, 22 nov. 2023.
SANTOS, R. M. Dos; SELLES, S. E.; VILELA, M. L. Conhecimento científico e escolar no ensino de ecologia: A dualidade entre paradigmas ecológicos em um livro didático. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, [s.l.], v. 7, no 1, p. 6619–6628, 2014.
SBENBIO. Sobre nós. 2019. Disponível em: <https://sbenbio.org.br/sobre/>. Acesso em: 30/jul./19.
SILVEIRA, F. P. R. de A. A Educação Ambiental no Ensino De Biologia. RBPEC: Revista Brasileira de Pesquisa em Ensino de Ciências, [s.l.], v. 2, no 2, p. 51–62, 2011.
TOLEDO, K. A. De et al. O uso de história em quadrinhos no ensino de imunologia para educação básica de nível médio. Inter-Ação, [s.l.], v. 41, no 3, p. 565–584, 2016.
ŽIŽEK, Slavoj. The Sublime object of Ideology. Londres. Nova York: Verso, 1989, pp.95-96. [ed. bras.: Eles não sabem o que fazem: o sublime objeto da ideologia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992] apud LACLAU, Ernesto. A razão populista. 1ª ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Três Estrelas, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Alice Casimiro Lopes, Bruno Silva Godoy (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.