O FRACASSO ESCOLAR
entre o dito e o maldito
DOI:
https://doi.org/10.21920/recei.v11i37.7538Palavras-chave:
fracasso escolar; ensino; alunos; causas; enfrentamentosResumo
O artigo discute o fracasso escolar como um problema histórico, político e discursivo, que persiste como preocupação central na educação contemporânea. O estudo teve como objetivo analisar os sentidos e narrativas atribuídos a esse fenômeno, identificando seus determinantes estruturais, institucionais e discursivos. A metodologia envolveu revisão narrativa da literatura e escuta das práticas discursivas de educadores, por meio de rodas de conversa com professores, coordenadores e equipe pedagógica de uma escola pública de Mossoró/RN. Os resultados indicam que o fracasso escolar se sustenta em uma “cultura do fracasso”, manifestada por dispositivos de reprovação e exclusão. As análises revelaram discursos que tendem a culpabilizar o aluno, frequentemente apoiados em laudos e medicalizações. Defende-se, portanto, a necessidade de ressignificar o conceito de fracasso escolar, reconhecendo na psicanálise um campo fecundo para novas compreensões e possibilidades de intervenção.
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