RACISMO AMBIENTAL E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO PERÍODO DE 2021-2022 NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ, RN
DOI:
https://doi.org/10.59776/rmx.v1i2.6345Palavras-chave:
Justiça ambiental, Desigualdades socioambientais, Violência de gênero, Comunidades periféricas, Mulheres negrasResumo
Este artigo parte da premissa de que a interação de fatores socioeconômicos, políticos e ambientais na cidade de Mossoró-RN, no Nordeste do Brasil, configurada na expansão urbana desordenada, em desigualdades socioambientais e na falta de igualdade de oportunidades, desafiando princípios de justiça social e ambiental. Evidencia-se, pois, a questão do racismo ambiental, manifestado em disparidades na distribuição de recursos e exposição a riscos ambientais, afetando de forma desproporcional populações em zonas periféricas. A distribuição inadequada de infraestrutura de serviços aumenta a vulnerabilidade das comunidades, especialmente em eventos ligados a falta de saneamento básico, assim como na pandemia de Covid-19. Além disso, destacamos o problema da violência de gênero, com dados específicos da região incluindo o anuário brasileiro da violência 2022 e 2023, e do banco dados coletados junto a guarda civil municipal de Mossoró, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, particularmente entre mulheres, que enfrentam altas taxas de agressões físicas e psicológicas. O estudo busca entender como o racismo ambiental está relacionado com as desigualdades sociais, ambientais e de gênero, e como isso afeta as comunidades mais vulneráveis, especialmente em Mossoró, RN.