ÉTICA CLIMÁTICA E CATEGORIAS ANALÍTICAS: POTENCIAL TEÓRICO-NORMATIVO PARA FORMULADORES DE POLÍTICAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33237/2236-255X.2021.2951

Palavras-chave:

Ética climática, Justiça Socioambiental, Antropoceno, Polí­ticas Climáticas.

Resumo

A ética climática é uma emergente força que entrou na arena das formulações de polí­ticas de adaptação e mitigação do aquecimento global. Pesquisas recentes revelam que os atuais instrumentos climáticos são pautados majoritariamente por soluções tecnológicas ou econômicas, e desconsideram ou invisibilizam princí­pios éticos biogeocêntricos. Este artigo busca apresentar a emergente ética climática e a potência normativa das suas categorias analí­ticas para formulação de polí­ticas climáticas. O caminho metodológico adotado foi por meio de uma abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica sistemática, pesquisa documental e análise de conteúdo. Na primeira parte do artigo é apresentada a ruptura ontológica entre o social e o natural na perspectiva socioclimática. Também é apresentado como os princí­pios éticos antropocêntricos estão associados à devastação da Natureza, assim como são mobilizados por estratégias de negacionismo e tecno salvacionismo na formulação de polí­ticas climáticas. Na segunda parte, debato a moralidade dos elementos normativos da ética na perspectiva climática. Na terceira parte é apresentado o conjunto das categorias analí­ticas da emergente ética climática. As considerações finais remetem à potencialidade da expansão teórica do campo da ética climática, da ampliação normativa das categorias e da aplicação nos processos de formulação de polí­ticas climáticas.

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Biografia do Autor

Frederico Salmi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Pesquisador e membro do grupo Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade (TEMAS/UFRGS), integrante do Componente 5 - Impactos sócio-polí­ticos e econômicos do Programa AmazonFACE/INPA, do grupo Ética, Polí­tica e Crise Climática (EPCC/Convivialistas Brasil). Membro associado e conselheiro pela AAG, CTANPU/COMAM/POA, CONAPAM, MOSAICO MANTINQUEIRA, REMAP, e outros. Signatário do Segundo Manifesto Convivialista (Grupo Brasil). Graduado em Engenharia I. Quí­mica (USP), Mestre/MBA (UNESP), Mestrando Sociologia (UFRGS). Atua com projetos de gestão e reordenamento socioambiental no terceiro setor com parceiras multilaterais a mais de 20 anos. Temas de interesse: polí­ticas ambientais e climáticas, ética climática e socioambiental, ecologia polí­tica, sociologia moral, instrumentos de descarbonização, tecnologias sociais, arranjos multilaterais, agenda polí­tica.

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Publicado

30-04-2021

Como Citar

SALMI, F. . ÉTICA CLIMÁTICA E CATEGORIAS ANALÍTICAS: POTENCIAL TEÓRICO-NORMATIVO PARA FORMULADORES DE POLÍTICAS. Revista Geotemas, Pau dos Ferros, v. 11, p. e02105, 2021. DOI: 10.33237/2236-255X.2021.2951. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/GEOTemas/article/view/2951. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

v. 11 (2021): Revista Geotemas

Seção

Artigos

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