REFORMA AGRÁRIA NO PONTAL DO PARANAPANEMA – SÃO PAULO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA APROPRIAÇÃO DO RELEVO
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2025.7438Palavras-chave:
Fragilidade Ambiental, Reforma Agrária, Apropriação do Relevo, Pontal do ParanapanemaResumo
O Pontal do Paranapanema, região localizada no extremo oeste paulista, possui uma complexa história marcada por conflitos fundiários e intensa transformação ambiental. Desde o final do século XIX, disputas por terras e a expansão da fronteira agrícola têm moldado a paisagem local. A supressão da vegetação nativa, em prol de atividades como a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária extensiva, agravou problemas como a erosão dos solos. Paralelamente, no final do século XX o ordenamento territorial foi reconfigurado a partir da criação de vários assentamentos rurais. Entretanto, estudos mostram como a distribuição das terras estão embasadas, dentre outros fatores, em suas características ambientais, especialmente na susceptibilidade a processos erosivos. Este trabalho busca analisar o padrão de distribuição espacial das terras do Pontal do Paranapanema em diferentes categorias fundiárias, enfatizando seu caráter qualitativo, baseando-se no conceito de Fragilidade Ambiental (Ross, 1994).Com base nos estudos sobre Fragilidade Ambiental e estrutura fundiária, apresenta-se, aqui, uma reflexão sobre as características ambientais dos territórios destinados às políticas de reforma agrária no Pontal do Paranapanema, evidenciando que forma a apropriação do relevo constitui em elemento relevante no histórico de disputas territoriais na região.
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