Gabriel Marcel
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v13i3.1230Palavras-chave:
Gabriel Marcel. Existência. Encarnação. Alteridade.Resumo
A entrada Gabriel Marcel para a enciclopédia filosófica de Gallarate (Bompiani. Milão, 2006), redigida com óptica complementar por Pietro Prini (1915-2008) e Franco Riva, é uma síntese eficaz de pensamentos e interpretações da filosofia de Marcel, também para mais percursos posteriores. A interpretação clássica de Prini aborda três temas centrais em Marcel do ponto de vista de uma "metodologia do inverificável": 1.A FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA, para reivindicar a plena dignidade de um pensamento alternativo e encarnado no clima existencialista de reação ao racionalismo; 2.- O MISTÉRIO ONTOLÓGICO DENTRO DA EXISTÊNCIA, que vê na tensão entre problema e mistério uma superação potencial do conflito entre olhar epistemológico e participação; 3. - SER E TER, que reflete a luta por uma vida pessoal e social na viagem entre atitudes opostas, disponível/indisponível, e abordagens concretas do mistério ontológico (fidelidade, amor, etc.). Além de qualquer etiqueta, Franco Riva privilegia uma ótica fenomenológica e hermenêutica, atenta í s tramas e leitores da obra de Marcel. 4. - FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO, um par a ser revisitado seja do lado do existencialismo, dadas as relações com Heidegger e Sartre, seja do lado da fenomenologia da qual Marcel é, a seu modo, um intérprete refinado, apesar das controvérsias sobre o cogito 5. - O SENTIMENTO DA EXISTÊNCIA, para enfatizar a qualidade e a solidez das análises penetrantes acerca dos vividos precisos da existência, a partir da "cenestesi" ou "sensação fundamental" do corpo, desde o existir enquanto um participar imediato e indubitável, o que faz de Marcel um precursor original e reconhecido. 6. - O OUTRO PENSAMENTO: a crítica do pensamento totalizante e os horizontes abertos de um outro pensamento explicitamente se acompanham em Marcel com o pensamento do outro, até o êxodo do ego, à responsabilidade, ao diagnóstico da técnica, í s interações com Buber, Lévinas, a filosofia do diálogo.
Downloads
Referências
S. PLOURDE, Vocabulaire philosophique de G. M., Préf. de P. Ricoeur, Montréal-Paris 1985;
M. SACQUIN, a c. di, G.M., Paris 1989 (in occasione del deposito alla Bibliothèque Nationale dei Manoscritti di G.M.); Cahiers de l"™Association "Présence de G. M.", 1979ss. (21, rue de Tournon, F-75006 Paris);
AA.VV., G.M. et la phénoménologie, Présence de G.M., 2012-2013;
C.A. de Freitas da Silva, F. Riva, Orgs., Compêndio G.M., Toledo (Brasil) 2017;
REP. BIBL.: R. TROISFONTAINES, De l'existence à l'être. La philos. de G.M., 2 voll., Louvain-Paris 1953, 1968;
F. E C. LAPOINTE, G.M. and His Critics. An International Bibliography (1928-1976), New York 1977;
AA.VV., The Philos. of G.M., cit., 1984;
F. RIVA, Corpo e metafora in G.M., Milano 1985 (Aggiornamento bibliografico 1977-1983);
A. SERRA, Esistenza e dialogo. G. M. e l'Italia, Torino 2005 (Aggiornamento bibl. 1984-2003);
J. WAHL, Vers le concret, Paris 1932;
L. LAVELLE, Le Moi et son destin, Paris 1932;
M. DE CORTE, La philos. de G.M., ivi, 1937, 1973;
R. BESPALOFF, La métaphysique de G.M., «Rev. philos. Fr. Étr.», 1938, 27-54;
E. GILSON, a c. di, Existentialisme chrétien, Paris 1947;
J. CHENU, Le theâtre de G.M. et sa signification métaphysique, Paris 1948;
P. RICOEUR, G.M. et K. Jaspers, ivi 1948;
P. PRINI, G.M. e la metodologia dell'inverificabile, Pref. di G.M., Roma 1950;
M. BERNARD, La philos. religieuse de G. M., Paris 1952;
R. TROISFONTAINES, De l'existence à l'être, cit., 1953, 1968;
F. HOEFELD, Der christliche Existentialismus G.M.s, Zürich 1956;
J. P. BAGOT, Connaissance et amour, Paris 1958;
M.M. DAVY, Un philosophe itinérant: G.M., ivi 1959;
H. SPIEGELBERG, The Phenomenological Movement, The Hague 1960;
K.T. GALLAGHER, The Philos. of G.M., New York 1962;
X. TILLIETTE, Philosophes contemporaines, Paris 1962; S. CAIN, G.M., New York 1963;
I. MANCINI, Filosofi esistenzialisti, Urbino 1964;
R.M. ZAHNER, The problem of Embodysment, The Hague 1964;
J. PARAIN-VIAL, G.M., et les niveaux de l"™expérience, Paris 1966;
AA.VV., The Philos. of Martin Buber, The Libr. of Liv. Philosophers, vol. 12, La Salle Ill. 1967;
L. PAREYSON, Studi sull"™esistenzialismo, Firenze 1971;
S. PLOURDE, G.M., philosophe et témoin de l"™espérance, Montréal 1975;
AA.VV., Entretiens autour de G.M., Neuchâtel 1976;
E. LEVINAS, X. TILLIETTE, P. RICOEUR, Jean Wahl et G.M., Paris 1976;
L. PAREYSON, Esistenza e persona, Genova 1985;
F. RIVA, Corpo e metafora in G.M., cit., 1985; «Cité», Paris 1986, n. 14;
E. LEVINAS, Hors Sujet, Montpellier 1987;
F. PECCORINI LETONA, Selfhood as thinking thought in the work of G.M., Lewiston, N.Y., 1987;
J.L. CANAS, La metodologia de lo transcendente en G.M., Madrid 1988;
D.F. TRAUB, Toward a fraternal society, Bern, Frankfurt a. Main, New York 1988; «Estudios Filosóficos» 1989, n. 109;
J. PARAIN–VIAL, G.M., Paris, 1989;
P. PRINI, Storia dell"™esistenzialismo, Roma 1989; «Annuario filosofico», n. 5, 1989;
F. RIVA, "Essere e avere" di M. e il dibattito su esistenza ed essere nell"™esistenzialismo, Torino 1990;
R. CELADA BALLANTI, Libertí e mistero dell"™essere, Genova 1991;
J. SPECK, a c. di, Grundprobleme der grossen Philosophen, Göttingen 1992 ;
E. LEVINAS, Entre Nous, Paris 1991.
M. BUBER, Je et tu, Avant-pr. de G. M., Paris 1992.
P. RICOEUR, Réflexion faite, Paris 1995;
E. BANONA NSEKA, Technique et dignité humaine, Louvain 1998;
J. URABAYEN, El pensamiento antropologico de G.M.: un canto al ser umano, Pamplona 2001;
A. SERRA, Esistenza e dialogo, cit., 2005 ; I. Poma, G.M. La soglia invisibile, Napoli 2008;
E. LEVINAS, G.M., P. RICOEUR, Il pensiero dell"™altro, a c. di F. Riva, Roma, 20082;
P. COLIN, G.M. philosophe de l"™espérance, Paris 2009;
A. SERRA, La dialogica orfica di G.M., Milano 2009;
AA.VV., G.M. et la phénoménologie, cit., 2012-2013;
L. Aloi, Ontologia e dramma. G.M. e J.-P. Sartre a confronto, Milano 2013;
C.A. de Freitas da Silva, Org., Encarnacao e transcendencia. G.M., 40 anos depois, Toledo (Brasil) 2013;
M. VETO, G.M.: Les grandes thèmes de sa philosophie, Paris 2014;
A. VERDURE-MARY, Drame et pensée. La place du théatre dans l"™oeuvre de G.M., Paris 2015; M. Buber, E. Lévinas, G. Marcel, A. Lacocque, Il mito della relazione, a c. di F. Riva, Roma 2016; C.A. de Freitas da Silva, F. Riva, Orgs., Compêndio G.M., cit., 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇíO DE DIREITO AUTORAL
1 Ao submeter trabalhos í revista Trilhas Filosóficas, caso este seja aprovado, o autor autoriza sua publicação sem quaisquer ônus para a revista ou para seus editores.
2 Os direitos autorais dos artigos publicados na Trilhas Filosóficas são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
3 Fica resguardado ao autor o direito de republicar seu trabalho, do modo como lhe aprouver (em sites, blogs, repositórios, ou na forma de capítulos de livros), desde que em data posterior fazendo a referência í revista Trilhas Filosóficas como publicação original.
4 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
5 Os originais não serão devolvidos aos autores.
6 As opiniões emitidas pelos autores são de sua inteira e exclusiva responsabilidade.
7 Ao submeterem seus trabalhos í Trilhas Filosóficas os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos, ou seja, não publicados anteriormente em qualquer meio digital ou impresso.
8 A revista Trilhas Filosóficas, motivada em dar ampla divulgação das publicações, poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista, através do link da edição de um número publicado, ou mesmo fornecendo o link de artigo específico publicado, em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, Scribd, etc).
9 A revista Trilhas Filosóficas adota a Política de Acesso Livre para os trabalhos publicados sendo sua publicação de acesso livre, pública e gratuita. Portanto, os autores ao submeterem seus trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito sob a licença Creative Commons - Atribuição Não-comercial 4.0 Internacional.
10 O trabalho submetido poderá passar por algum software em busca de possíveis plágios para averiguar a autenticidade do material e, assim, assegurar a credibilidade das publicações da Trilhas Filosóficas e do próprio autor diante da comunidade filosófica do país e do exterior.
11 Mas, apesar disto, após aprovação e publicação do artigo, for constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
12 Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista Trilhas Filosóficas, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhes garantidos o direito í ampla defesa.
13 Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.