Do tempo à eternidade:

tenção originária e esperança no livro xII do de civitate dei de Santo Agostinho

Autores

  • José Teixeira Neto UERN

Palavras-chave:

De Civitate Dei; Tempo; Eternidade; Mal; Esperança

Resumo

A leitura do décimo segundo livro do De civitate Dei leva a considerar a história humana como tenção entre tempo e eternidade. Contudo, o objetivo não é pensar a história como um problema, ou seja, não se trata de fazer historiografia, mas busca-se descrever um "algo" originário (desestabilizador) como fundo último sobre o qual cada um constrói a própria existência. Com outras palavras, é a radicalização última em Agostinho do esquema pecado-punição: a existência humana, no seu í­nterim, é marcada profundamente pela pena, conseqüência do pecado de origem. Entretanto, afirmar, com Agostinho, que a existência humana se revela como í­nterim significa reconhecer um movimento, uma propensão para"¦ Assim, pergunta-se se em Agostinho a problemática do mal moral (pecado) e do mal fí­sico (punição justamente merecida) apresenta-se tão radical a ponto de destruir a originária tenção do homem para Deus. Agostinho é pessimista ao considerar a existência humana? O homem está fadado ao desespero ou a vocação originária para Deus permanece como originária? Dessa forma, o presente artigo objetiva mostrar que o Livro XII do De Civitate Dei é uma radicalização da concepção agostiniana sobre o mal moral e o mal fí­sico e investiga as conseqüências desta concepção no que se refere à visão de Agostinho sobre a história humana Ainda busca mostrar que a vocação originária para a eternidade pode ser vivida no tempo sob o signo da esperança.

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Biografia do Autor

José Teixeira Neto, UERN

 Mestre em Filosofia pela PUG – Roma; Coordenador e Professor do curso de filosofia, Campus Avançado do Seridó da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.

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Publicado

2020-04-11

Como Citar

NETO, J. T. . Do tempo à eternidade: : tenção originária e esperança no livro xII do de civitate dei de Santo Agostinho. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 74–80, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1541. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

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