Singularidade e repetição:

"eterno retorno" como sí­mbolo da afirmatividade trágica

Autores

  • Dax Moraes UERN

Palavras-chave:

Singularidade; Repetição; Eterno retorno; Afirmação trágica; Realidade; Amor.

Resumo

As reflexões sobre o eterno retorno, em geral, privilegiam os escritos póstumos de Nietzsche, onde aparece como uma espécie de tese positiva, de tal modo que alguns comentadores tendem a partir do eterno retorno como pensamento fundamental de Nietzsche. Adotando outra via, e desenvolvendo uma filosofia centrada na singularidade, ou "idiotia", Rosset, opondo-se a heidegger e mesmo a Deleuze, tenta mostrar ser estranha a Nietzsche a idéia de algo ser de tal modo dotado de um ser a ponto de uma tal identidade ser passí­vel de repetição. O singular, efêmero e pleno como o instante, é, ao invés, necessariamente irrepetí­vel. O eterno retorno é então apresentado como hipótese-sí­mbolo da afirmatividade trágica, a qual consistiria no efetivo pensamento fundamental de Nietzsche.

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Biografia do Autor

Dax Moraes, UERN

 Dax Moraes < oejeblik@yahoo.com.br > é mestre é Filosofia pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Professor Assistente I no Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Referências

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Publicado

2020-04-11

Como Citar

MORAES, D. . Singularidade e repetição: : "eterno retorno" como sí­mbolo da afirmatividade trágica . Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 81–97, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1542. Acesso em: 4 jul. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO