Singularidade e repetição:
"eterno retorno" como símbolo da afirmatividade trágica
Palavras-chave:
Singularidade; Repetição; Eterno retorno; Afirmação trágica; Realidade; Amor.Resumo
As reflexões sobre o eterno retorno, em geral, privilegiam os escritos póstumos de Nietzsche, onde aparece como uma espécie de tese positiva, de tal modo que alguns comentadores tendem a partir do eterno retorno como pensamento fundamental de Nietzsche. Adotando outra via, e desenvolvendo uma filosofia centrada na singularidade, ou "idiotia", Rosset, opondo-se a heidegger e mesmo a Deleuze, tenta mostrar ser estranha a Nietzsche a idéia de algo ser de tal modo dotado de um ser a ponto de uma tal identidade ser passível de repetição. O singular, efêmero e pleno como o instante, é, ao invés, necessariamente irrepetível. O eterno retorno é então apresentado como hipótese-símbolo da afirmatividade trágica, a qual consistiria no efetivo pensamento fundamental de Nietzsche.
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Referências
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