A metafí­sica e suas margens:

a diferença entre Heidegger e Derrida

Autores

  • Valeska Zanello IESB-DF

Palavras-chave:

Metafí­sica, Linguagem, Diferença

Resumo

Heidegger, em Ser e Tempo, anuncia sua intenção de destruição da metafí­sica. Tomando como base a diferença ontológica, Heidegger aponta na história da filosofia para o equí­voco cada vez mais premente entre ser e ente, com um esquecimento do Ser, no qual este foi tomado como simples presença. Um problema que se apresenta então a Heidegger é a utilização da linguagem (com suas categorias metafí­sicas), para falar do ser de um modo não metafí­sico. Para Derrida, a diferença ontológica é, ainda, fruto de um pensamento metafí­sico, pois permanece dentro do binarismo tradicional "ser-ente", além de manter a hierarquia na qual a questão do Ser seria a mais fundamental. Derrida desenvolve então a noção de différance, segundo ele, mais originária e arquiestrutural que a diferença ontológica. Para ele, a différance não teria nome na lí­ngua, ela seria inominável. No entanto, o que tenta Derrida senão falar deste inominável, ainda que tangencialmente? O muro é, aqui também, a própria linguagem. É possí­vel fazer filosofia sem ser metafí­sico? O escopo desse artigo é debater os limites da crí­tica realizada à metafí­sica, apontando que ela seja possí­vel, talvez, apenas na justa diferença dos pensamentos.
 

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Biografia do Autor

Valeska Zanello, IESB-DF

 Especialista e bacharel em Filosofia. Psicóloga e doutora em Psicologia pela Universidade de Brasí­lia. Professora do curso de Psicologia do IESB, Brasí­lia-DF.

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Publicado

2020-04-12

Como Citar

ZANELLO, V. . A metafí­sica e suas margens: : a diferença entre Heidegger e Derrida. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 85–101, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1555. Acesso em: 22 nov. 2024.

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