O mundo não é só uma paisagem de atualidades:
umas viradas metafísicas e o exorcismo da herança humeana
Palavras-chave:
Seriedade ontológica, legado humeano, potências, atualismo, metafísica de paisagens, metafísica de tramasResumo
Este trabalho procura entender algumas viradas metafísicas recentes a partir da análise de como algumas pressuposições humeanas quanto à ontologia orientaram posturas e escolhas filosóficas nos últimos séculos. Tais viradas estão associadas a nomes filosóficamente diversos como David Lewis, George Molnar, Giles Deleuze e Pierre Klossowski. Uma breve análise de como o atualismo humeano esteve pressuposto em várias agendas filosóficas é o pano de fundo que guia o diagnóstico de porque alguns renascimentos da metafísica se preocupam centralmente com potências, modalidades, possibilia, virtualidades, devires e intensidades. Tais viradas metafísicas são conseqüência de uma transformação subterrânea em que os pressupostos atualistas humeanos são explícita ou implicitamente reconsiderados. Nesse escopo, esboço uma distinção entre metafísicas de paisagens e metafísicas de trama – sendo as primeiras ainda, em certo sentido, reféns de pressupostos do atualismo humeano.
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