O papel do corpo na percepção segundo Aristóteles
Palavras-chave:
Alma, Corpo, Afecção, PercepçãoResumo
O texto examina o papel do corpo na percepção segundo Aristóteles e em contraponto com Platão. O objetivo é mostrar qual a importância do corpo no fenômeno perceptivo, tanto para que ele ocorra, como para que ele ocorra do modo como ocorre, i.e., como uma afecção que sofre o percipiente composto de corpo e alma. O que significa dizer que tanto corpo, como alma sofrem alterações simultaneamente e que, portanto, a alteração física é necessária tanto quanto a psíquica. Em suma, o corpo excerce uma função cogniva material, ao contrário do que pensava Platão ao dizer que quem percebe é a alma, sendo o corpo um mero instrumento pelo qual a alma recebe os sensíveis. O texto, deste modo, pretende elucidar como o ser é conhecido pela percepção segundo Aristóteles, tratando assim de um ponto extremamente controverso, a saber: como a sensação discrimina seus próprios objetos e se tal discriminação resume-se apenas em processos fisiológicos ou é também uma atividade da alma e, se é também uma atividade da alma, em que sentido a alteração física ocorrida no corpo, conjuntamente com uma certa atividade da alma, constituem a percepção.
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Referências
ARISTÓTELES. On the soul – Parva naturalia – On breath. Trad. W. Hett. Cambridge: Harvard, 1936.
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