Resistência ao fetichismo da leitura

Autores

  • Andrei Santos de Morais FACITEC - DF

Palavras-chave:

Resistência, Fetichismo, Leitura, Método, Ideologia

Resumo

A resistência ao fetichismo da leitura volta-se contra toda leitura literária que se fundamente no método e na ideologia para garantir uma univocidade da linguagem, e pretenda com isso escamotear as suas vicissitudes como a ambivalência e a polissemia produzida em seu exercí­cio. Para que isso seja discutido, fez-se necessário abordar o fetichismo marxiano e o freudiano como parâmetros para se pensar no diálogo com a literatura e suas questões recorrentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andrei Santos de Morais, FACITEC - DF

Doutor e mestre em Literatura pela Universidade de Brasí­lia (UnB), bacharel e licenciado em Filosofia pela mesma instituição. Professor de Filosofia, Português e Metodologia Cientí­fica na Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (FACITEC), Taguatinga-DF.

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estudo das ideologias e filosofia da linguagem. In: BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999. p. 31-38.

BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 2000.

BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. São Paulo: M. Fontes, 2003.

BAUDRILLARD, Jean. Para uma economia polí­tica do signo. Lisboa: Edições 70, 1995.

BENJAMIN, Walter. Walter Benjamin. São Paulo: Ática, 1991.

BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e polí­tica: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 197-221.

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguí­stica Geral. São Paulo: Editora Nacional; Editora da Universidade de São Paulo, 1976. 2 v.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BRECHT, Bertold. Perguntas de um trabalhador que lê. In: BRECHT, Bertold. Poemas: 1913-1956. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CABRERA, Julio. Marx, linguagem e Ideologiekritik. In: CABRERA, Julio. Margens das filosofias da linguagem. Brasí­lia: Editora da Universidade de Brasí­lia, 2003. p. 178205.

DERRIDA, Jacques. Espectros de Marx. Trad. Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1995.

DOR, Joël. Inconsciente. In: KAUFMANN, Pierre (Ed.). Dicionário enciclopédico de psicanálise: o legado de Freud e Lacan. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1996. p. 264-265.

ECO, Umberto. As formas do conteúdo. São Paulo: Perspectiva; Editora da Universidade de São Paulo, 1974.

FREUD, Sigmund. Obras completas de Sigmund Freud. Buenos Aires: Santiago Rueda, 1955. Vol. XXI.

FREUD, Sigmund. O inconsciente e a consciência  realidade. In: FREUD, Sigmund. Interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1999. p. 582-592.

GARCIA, Hamilcar; NASCENTES, Antenor. Dicionário contemporâneo de lí­ngua portuguesa Caldas Aulete. Rio de Janeiro: Delta, 1970. Vol. II. p. 1359.

GULLAR, Ferreira. Subversiva. In: GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Cí­rculo do Livro, s.d.

HEGEL, Georg. Definição do fim último da arte. In: HEGEL, Georg. O belo na arte. São Paulo: M. Fontes, 1996. p. 71-74.

KAUFMANN, Pierre. Fetiche. In: KAUFMANN, Pierre (Ed.). Dicionário enciclopédico de psicanálise: o legado de Freud e Lacan. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1996. p. 207.

LAJARTE, Philippe de. Sobre a prática literária. Diógenes  Revista Internacional de Ciências Humanas. Brasí­lia, n. 8, p. 63-78, jan.-jun. 1985.

LUKÁCS, Georg. O fenômeno da reificação. In: LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe. São Paulo: M. Fontes, 2003. p.194-240.

MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1997. 7

MARX, Karl. O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo. In: MARX, Karl. O capital: crí­tica da economia polí­tica. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Vol. I. p. 7078.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia em geral e em particular a ideologia alemã. In: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: M. Fontes, 1998a. p. 7-54.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. Rio de Janeiro: Garamond, 1998b.

MORAES, Viní­cius de. O operário em construção. In: MORAES, Viní­cius de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. p. 412-413.

NIETZSCHE, Friedrich. Obras incompletas. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

NUNES, Benedito. Ética e leitura. In: NUNES, Benedito. Crivo de papel. São Paulo: Ática, 1988. p. 175-186.

RANCIERE, Jacques. Polí­ticas da escrita. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

ROSA, João Guimarães. Tutaméia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

ROSSI-LANDI, Ferruccio. O trabalho humano linguí­stico. In: ROSSI-LANDI, Ferruccio. A linguagem como trabalho e como mercado. São Paulo: DIFEL, 1985. p. 6374.

SARTRE, Jean-Paul. Que é literatura? São Paulo: Ática, 1989.

SAUSSURE, Ferdinand. O valor linguí­stico. In: SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguí­stica geral. São Paulo: Cultrix, 1979. p. 130-141.

SVENBRO, Jesper. A Grécia arcaica e clássica: A invenção da leitura silenciosa. In: CHARTIER, Roger; CAVALLO, Guglielmo (Orgs.). História da leitura no mundo ocidental. São Paulo: Ática, 2002. v. 1. p. 41-69.

TODOROV, Tzvetan. A leitura como construção. In: TODOROV, Tzvetan. Os gêneros do discurso. São Paulo: M. Fontes, 1980. p. 83-94.

TODOROV, Tzvetan. Como ler? In: TODOROV, Tzvetan. Poética da prosa. São Paulo: M. Fontes, 2003. p. 317-332.

Downloads

Publicado

2020-04-13

Como Citar

MORAIS, A. S. de . Resistência ao fetichismo da leitura . Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 98–117, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1585. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO