A experiência do ser humano cartesiano
Palavras-chave:
Descartes, ser humano, paixões, entendimentoResumo
O presente artigo pretende apresentar a idéia de que o ser humano cartesiano é uma entidade para ser sentida, muito mais do que claramente pensada. Neste sentido, a testemunha do que somos é dada pelas paixões, e não pelo puro entendimento. O dualismo cartesiano – tese de que o ser humano é constituído por corpo e mente, ambas substâncias distintas – leva-nos a pensar o homem como um composto de duas coisas incompatíveis. No entanto, a experiência sensível nos revela um ser humano, cuja mente e corpo estão unidos e interagem entre si, formando uma unidade substancial. Embora a noção da união entre mente e corpo seja dificilmente concebível diante do dualismo de Descartes, ela é cotidianamente experimentada. No âmbito da vida prática, o ser humano cartesiano é mais uma experiência do que sentimos ser, do que pensamos claramente ser.
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