A geometria das paixões humanas na filosofia do poder de Thomas Hobbes.

Autores

  • Luiz Carlos Santos da Silva UFF/VR

Palavras-chave:

Thomas Hobbes, mecanicismo, nominalismo, poder

Resumo

O presente artigo tem por interesse apresentar alguns aspectos do modo de operação do método geométrico utilizado por Hobbes na fundamentação de uma filosofia do poder, tanto natural quanto polí­tica. Uma vez reduzidos os fenômenos naturais e polí­ticos ao princí­pio de autoconservação do movimento da matéria e dos corpos em geral, Hobbes aplica o método geométrico sobre o homem, considerando as paixões humanas ora como efeitos da ação do mundo sobre os sentidos e ora como causa das ações humanas no mundo. Considerando o conhecimento humano como manifestações do movimento e da matéria, Hobbes sustenta uma compatibilidade entre as autoridades cientí­fica e civil. Compatibilidade tal que encontra no método geométrico um modelo capaz de operar os elementos dos corpos figurados que se aplica tanto aos corpos naturais quanto aos corpos polí­ticos e seus respectivos poderes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Carlos Santos da Silva, UFF/VR

1Doutor em filosofia pela UNICAMP e professor de filosofia da UFF/VR (E-mail: luiscavh@yahoo.com.br)

Referências

HOBBES, Thomas. Elementorum philosophiæ sectio tertia de cive (Elementa philosophica de cive): a critical edition by Howard Warrender, in The Clarendon edition of the philosophical works of Thomas Hobbes. Vol. 2, Oxford [Oxfordshire], Clarendon Press, 1983.

_______. De Corpore: elementorum philosophiæ sectio primma: in opera philosophica quae latine script ominia; in unum corpus nunc primum collecta studio et labore Gulielmi Molesworth. 2ª ed., Vol. 1, Darmstadt, Scientia Verlog, Aalen, 1966.

________Leviathan sive De matéria, forma, et potestate civitatis ecclesiaticae et civilis: in opera philosophica quae latine script ominia; in unum corpus nunc primum collecta studio et labore Gulielmi Molesworth, 2ª ed., Vol. 3, Darmstadt: Scientia Verlog, Aalen, 1966.

_________ A natureza humana. Tradução introdução e notas de João Aluí­sio Lopes. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1979.

__________. Do Cidadão. Tradução apresentação e notas de R. J. Ribeiro. 2ª edição. São Paulo, Martins Fontes, 1998.

__________ Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Tradução e notas de J. P. Monteiro e M. B. Nizza da Silva. Os Pensadores, 3ª edição, São Paulo, Abril Cultural, 1983.

___________ "Do Corpo: parte I: cálculo ou lógica". Tradução de Maria Isabel Limongi e Viviane de Castilho Moreira. In: Coleção multilí­ngues de filosofia, Ed. da Unicamp, Campinas, 2009.

LEBRUN, G. A filosofia e sua história. Trad. Carlos Alberto de Moura et al. Ed, Cosac Nayf, São Paulo, 2006.

_______ O que é Poder. Trad. Renato Janine Ribeiro e Silvia Lara. Brasiliense. Coleção Primeiros passos. São Paulo, 1984

SILVA, L. C. S. O homem por trás do Leviatã: ciência e polí­tica na filosofia do poder de Thomas Hobbes. Unicamp, Campinas, 2015. Disponí­vel em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000938804 (Tese de doutorado).

Downloads

Publicado

2020-06-06

Como Citar

SILVA, L. C. S. da. A geometria das paixões humanas na filosofia do poder de Thomas Hobbes. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 95–107, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1952. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO