Do oriente vem o berro do bode:
a proveniência "bárbara" e o estrangeirismo da mística dionisíaca
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v14i1.2487Palavras-chave:
Mística, Dioniso, Dionisismo, Rohde, Nilsson, EstrangeirismoResumo
A mística que envolve o culto a Dioniso influenciou de forma contundente o pensamento ocidental. Muitos filósofos – desde a Antiguidade até a Filosofia Contemporânea – encontraram nas diferentes vertentes do dionisismo elementos para fundamentar sua interpretação da realidade. Dentre os elementos da mística dionisíaca que mais chamaram a atenção destaca-se o estrangeirismo. Dioniso sempre se manifesta como um forasteiro. Suas dádivas, tais como o vinho, provém de terras distantes, do oriente. A loucura, o excesso, a música extática, a dança frenética e a mântica orgiástica de seus ritos são bárbaros. Trata-se de uma religião originalmente bárbara que para ser amplamente aceita foi necessário se helenizar. Sabendo disso, este trabalho discorrerá a respeito de alguns aspectos da proveniência estrangeira da mística dionisíaca. Para tal, vamos considerar os argumentos dos filólogos Erwin Rohde e Martin Person Nilsson.
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