O tédio em Kierkegaard e Heidegger

Autores

  • Robson Costa Cordeiro UFPB

DOI:

https://doi.org/10.25244/tf.v14i1.3534

Palavras-chave:

Kierkegaard, Heidegger, Tédio, Instante, Possibilidade

Resumo

O artigo procura desenvolver uma fenomenologia do tédio a partir de Kierkegaard e Heidegger, partindo, principalmente, de um exame das categorias de possibilidade e instante e procurando ver de que forma essas duas categorias convergem no pensamento destes dois pensadores. Desse modo, o tédio será visto como a perda da paixão da possibilidade e como o recusar-se do instante, visando, com isso, estabelecer uma conexão fundamental entre o tédio, o esvaziamento de todo sentido e o tempo. O Fenômeno do tédio não será examinado nem como uma vivência psicológica nem como algo fortuito ou casual, mas como uma variação fundamental da angústia, segundo Kierkegaard, e como uma disposição de humor fundamental (Grundstimmung) do Dasein, segundo Heidegger.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Robson Costa Cordeiro, UFPB

Possui Bacharelado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraí­ba (2000), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraí­ba (2002), doutorado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008) e pós-doutorado em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018). Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Paraí­ba. Desenvolve estudos com o pensamento de Nietzsche e Heidegger, atuando nas áreas de metafí­sica, fenomenologia, hermenêutica e estética. Dentro dessas áreas, trabalha com os seguintes temas: verdade, linguagem, arte, crí­tica í  metafí­sica e í  subjetividade moderna. É também coordenador do grupo de pesquisa "Metafí­sica e Linguagem". Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (Mestrado) da UFPB no ano de 2016 e atualmente exerce a função de Coordenador do Mestrado em Filosofia da UFPB desde abril de 2020.

Referências

FERRO. Nuno. Estudos sobre Kierkegaard. São Paulo: LiberArs, 2012.
FOGEL, Gilvan. Sentir, ver, dizer: cismando coisas de arte e de filosofia. Rio de Janeiro: Mauad X, 2012.
HEIDEGGER, Martin. Os conceitos fundamentais da metafí­sica: Mundo, finitude e solidão. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
HEIDEGGER, Martin. Que é metafí­sica? Tradução de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
HEIDEGGER, Martin. Quem é o Zaratustra de Nietzsche? In: Ensaios e conferências. Tradução de Gilvan Fogel. Petrópolis: Vozes, 2002.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Editora Universidade São Francisco, 2002.
KIERKEGAARD, Søren. O conceito de angústia. Tradução de Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petropólis: Vozes; São Paulo: Editora Universitária São Francisco, 2010.
KIERKEGAARD, Søren. O lo uno o lo outro: Un fragmento de vida I. Traducción de Begonya Saez Tajafuerce y Darí­o González. Madrid: Editorial Trotta, 2006.
MERTON, Thomas. A via de Chuang-Tzu. Petrópolis: Vozes, 1984.
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Tradução de Mário da Silva. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. Jandira, SP: Principis, 2019.

Downloads

Publicado

2021-10-26

Como Citar

CORDEIRO, R. C. O tédio em Kierkegaard e Heidegger. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 85–101, 2021. DOI: 10.25244/tf.v14i1.3534. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/3534. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ SAGRADO E POESIA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER - (v.14, n.1, 2021)