A invidia e a ambitionis como motivação para os conflitos civis em Lucrécio
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v15i2.5018Palavras-chave:
Epicurismo, Conflitos civis, LucrécioResumo
O poema filosófico De rerum natura (DRN) do epicurista Lucrécio (séc. I a.C.) foi escrito e publicado em um período de grande agitação social e política da República Romana. Ao longo do poema, Lucrécio indica a sua preocupação com os conflitos civis da sua época, fato que levou a algumas interpretações do DRN como um trabalho de natureza política (McCONNEL, 2012). Trata-se de uma tese estranha à tradição do Jardim, uma vez que o próprio Epicuro aconselhava o sábio a afastar-se de qualquer atividade política (DL, X, 2008). Tal interpretação pode ser baseada, principalmente, na apropriação do conceito de stásis, usado na antiguidade para denominar os conflitos e guerras civis entre as cidades-estado gregas. Em relação aos conflitos civis, Lucrécio trata de dois conceitos que estão relacionados à tais revoltas: o primeiro, é o da invidia. O segundo – o qual aparece de forma implícita no poema – é o da ambitionis. As duas noções estão ainda relacionadas a duas outras instâncias da argumentação de Lucrécio: a primeira diz respeito ao medo da morte como causa da invidia. A segunda, tem como foco, demonstrar como a ambitionis leva à queda de governantes e reis. O objetivo deste artigo é analisar passagens específicas do De rerum natura nos Livros III e V, verificando a maneira como Lucrécio relaciona os conflitos civis às noções de invidia e ambitionis.
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Referências
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