Um semiótica, delitos e política
confronto entre realistas e nominalistas na obra o nome da rosa de Umberto Eco
Palavras-chave:
Palavras-chave: nominalismo, realismo, semióticaResumo
Resumo: Esta pesquisa discute os embates filosóficos entre realistas e nominalistas na representação de personagens da obra O nome da Rosa. Nesta abordagem reconhece-se que o personagem Guilherme de Baskerville realiza uma série de investigações semióticas na incessante tentava de evidenciar enigmas e delitos envolvendo uma série de embates filosóficos, políticos e teológicos. Enfatiza-se ainda o confronto fé e razão ou Igreja e império onde se constrói e descontrói uma noção de sujeito. Além do realismo e do nominalismo constata-se que outros conceitos de filósofos da modernidade e contemporaneidade entram na orbita do conflito. Dessa forma, a revisão bibliográfica tornou-se o caminho mais viável para a realização desta pesquisa. Enfim, esta discursão evidencia a passagem de uma concepção dogmática, retrógada e conservadora representada pelo grupo dos realistas e o surgimento de um mundo renascentista confiante na ciência, na diversidade, na abertura e tolerância representado pelos nominalistas. Ilustra-se ainda a passagem de uma visão de sujeito crente em essências imutáveis para um sujeito niilista descrente nas grandes narrativas.
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Referências
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