A filosofia existencialista de Sartre e o discurso literário em torno da morte
DOI:
https://doi.org/10.25244/1984-5561.2024.6343Palavras-chave:
Filosofia, Literatura, Existencialismo, Sartre, Lya Luft, MorteResumo
Nosso artigo examina, com base na Filosofia Existencialista de Sartre, o fenômeno da morte, para relacioná-la ao dispositivo criativo do discurso literário de Lya Luft, no texto Estamos todos na fila. Mobilizamos como aparato teórico a Filosofia Existencialista de Sartre, com enfoque na concepção de morte, compreendida como a finitude de um projeto dos seres humanos. Identificamos, em particular, no discurso literário Estamos todos na fila, de Lya Luft, uma perspectiva niilista na maneira pela qual a morte é abordada; também, verificamos em que medida na Filosofia e na Literatura, aqui destacadas, a morte pode significar a aniquilação completa do princípio vital humano. Os resultados comprovam que a Filosofia existencialista sartreana e o discurso literário de Lya Luft constroem espaços filosófico-discursivos, que enfatizam a morte como aniquilação de todas as possibilidades humanas, um limite absoluto e lembram a finitude da vida e a necessidade de escolhas autênticas e responsáveis.
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