A FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO E BEM VIVER:

GÊNESE E PRETENSÃO CRÍTICA DO PENSAMENTO

Autores

  • Arivaldo Sezyshta UFPB

Palavras-chave:

Filosofia, Libertação, Enrique Dussel, Bem Viver

Resumo

Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Polí­tica Crí­tica
da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e
mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para
esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade,
entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece
livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela
Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e
pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel,
sobretudo na opção radical pela ví­tima, marca de seu pensamento
filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma
parcialidade pela ví­tima: seu pensamento está construí­do,
propositalmente, em favor da ví­tima. O esforço deste trabalho é o de
mostrar que a opção pela ví­tima será o fio condutor de todo seu pensar, o
que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crí­tica de
pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e
provocado pela necessidade real de auxiliar a ví­tima, exigência do povo
latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado,
para além da importância atual do pensamento marxiano para a
compreensão da realidade e a crí­tica ao capitalismo, ressalta-se a relevância
teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Polí­tica como
um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela
coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista,
já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.

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Biografia do Autor

Arivaldo Sezyshta, UFPB

Doutor em Filosofia e Pós-doutorando pela UFPB

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Publicado

2020-01-21

Como Citar

SEZYSHTA, A. . A FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO E BEM VIVER: : GÊNESE E PRETENSÃO CRÍTICA DO PENSAMENTO. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 9–31, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/tf.v10i1.3061. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO