PELO DIREITO DE NíO SER FELIZ:
UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA, SOCIOLÓGICA E EXISTENCIAL SOBRE A DITADURA DA FELICIDADE
Palavras-chave:
Materialismo, Subjetivismo, Felicidade, ExistênciaResumo
Este artigo tem como objetivo levantar uma discussão sobre a
concepção de felicidade na era contemporânea. Felicidade muitas vezes
fragmentada, rompendo com a relação alteridade, fundamentando-se em
um subjetivismo e materialismo. Como metodologia, trabalharemos com
autores como Aristóteles, Agostinho, Pascal Bruckner, Zugmunt Bauman,
entre outros. Por fim, conclui-se que a felicidade fora tomada no mundo
contemporâneo diferentemente do período clássico e medieval, vista em
uma postura materialista e subjetivista de esvaziamento do Eu e do "real"
significado da vida feliz, contudo, se sabe que este "real" significado é
amplamente problematizado ao ponto de nos depararmos com a seguinte
questão: qual é verdadeira matéria do contentamento da felicidade? Esta,
por sua vez, mais que algum tipo de telos a ser alcançado, parece-nos que se
trata de uma postura existencial do indivíduo diante da própria existência.
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Referências
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