PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIE NATIVA PARA PLANTIO NO SEMIÁRIDO COM A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O JUAZEIRO (Zizyphus joazeiro)

Autores

  • Josimar Araújo Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Palavras-chave:

Mitigação, Desertificação, Semiárido

Resumo

A vegetação do bioma Caatinga vem sendo afetado com a constante ação antrópica. A pesquisa em tela tem como foco o envolvimento de um pool de atores sociais no processo de produção de mudas de Juazeiro (Zizyphus joazeiro), espécie desse bioma, para distribuição, sem ônus, à população com o intuito de contribuir na revejetação do espaço rural e urbano. Um total de 250 mudas com até cinco cm de altura, foram manejadas com o auxí­lio de uma foice, sob a copa de uma planta adulta situada na localidade Quixaba/Caicó/RN. O transporte aconteceu dentro de sacolas plásticas até o Centro de Produção de Mudas Xique-xique (CPMX), unidade de produção de mudas do municí­pio de São José do Seridó/RN. Todas foram transplantadas para embalagens plásticas de um quilograma. Do total, 24 mudas correspondente a 9,6% que chegaram ao CPMX sem a presença do substrato envolvendo o sistema radicular não sobreviveram. As 226 plantas restantes morreram 18 unidades, correspondente a 7,9%. Portanto, um total de 208 mudas permaneceu temporariamente nas dependências do CPMX. No monitoramento de distribuição os atores sociais foram assim distribuí­dos: estudantes, a quem foram entregues 85 mudas; governo do municí­pio de São José do Seridó, 25; entidades privadas, 92; a categoria "outros", contemplando populares que desejam o plantio dessa xerófita na zona rural e urbana de suas respectivas municipalidade, um total de 45 mudas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AB"™SíBER, A. FLORAM: Nordeste seco, 1990. Disponí­vel em: <https://www.scielo.br/pdf/ea/v10n27/v10n27a17.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2012.

ANDRADE, M. C. de. A problemática da seca. Recife/PE: Lí­der gráfica e editora, 1999.

ARAÚJO, D. A. et al. Uso de espécies da caatinga na alimentação de rebanhos no municí­pio de São João do Cariri – PB. Revista RA"™EGA. Curutiba, PR: Editora UFPR, n. 20, p. 157-171, 2010.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente (MMA). Programa de Ação Nacional de Combate a Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas – PAN-Brasil. Brasí­lia: MMA, 2004.

BUARQUE, S. Construindo o desenvolvimento local sustentável. – Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

CAVALCANTI, Clóvis (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e polí­ticas públicas. 2 ed. – São Paulo: Cortez; Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1999.

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (1992: Rio de Janeiro). Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: a Agenda 21. Brasí­lia: Senado Federal, Subsecretaria de Edições técnicas, 1996.

DUQUE, J. G. Solo e água no polí­gono das secas. 5 ed. Mossoró: Fundação Guimarães Duque, 1980 .

IDEMA. Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte. Diretrizes para polí­tica de controle da desertificação no Rio Grande do Norte. Natal, 2004.

LEAL, I. R. et al. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil. MEGADIVERSIDADE. V.1, n.1, p. 139-146, 2005.

LIMA, P. C. F. íreas degradadas: métodos de recuperação no semi-árido brasileiro. In: XXVII Reunião Nordestina de Botânica. Petrolina, p. 70-79, 2004.

LORENZI, H. írvores brasileira: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Ed. Plantarium, 1992.

MEDEIROS, J. A. de. Convivendo com a seca &combatendo a desertificação: novos olhares. Caicó/RN: [s.n.], 2008.

MEDEIROS, J. A. O combate ao processo de desertificação com o plantio da favela em áreas de pastoreio, 2012. Disponí­vel em: <http://www.ufpe.br/revistageografia/index.php/revista>. Acesso em: 25 ago. 2012.

MORAIS, I. R. D. Seridó norte-rio-grandense: uma geografia da resistência. Caicó (RN): [s. n.], 2005.

NEVES, J. A. Análise pluviométrica do Rio Grande do Norte. perí­odo: 1963 – 2009, 2010. Disponí­vel em: <http://www.emparn.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/emparn/arquivos/publicacoes/analise.pluviometrica2.final_4.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2013.

I SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTíVEL DO SEMI-íRIDO, 1997, Mossoró. Anais... Mossoró: Fundação Vinhgt-un Rosado – Coleção Mossoroense, 1997.

NOSSO FUTURO COMUM/Comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento. - 2 ed. - Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.

OLIVEIRA-GALVíO, A. L. C. Reconhecimento da susceptibilidade ao desenvolvimento de processos de desertificação no nordeste brasileiro, a partir da integração de indicadores ambientais. 2001. 280f. Tese (Doutorado). INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS, UNIVERSIDADE DE BRASíLIA, BRASíLIA, 2001.

PEREIRA, D. D. Plantas, prosa e poesia do Semi-árido. Campina Grande, PB: EDUFCG, 2005.

RODRIGUES, V. Avaliação do quadro de desertificação no Nordeste brasileiro: diagnóstico e perspectivas. Fortaleza: ICID, 1992.

SAMPAIO, E. V. S. B. Desertificação no Brasil: conceitos, núcleos e tecnologias de recuperação e convivência. Recife: UFPE, 2003.

SAMPAIO, E. V. S. B., et al. Espécies da flora nordestina de importância econômica potencial. Recife: APNE, 2005.

SORRENTINO, M. (Coor.). Ambientalismo e participação na contemporaneidade. São Paulo: EDUCA/FAPESP, 2002.

Downloads

Publicado

30-06-2013

Como Citar

MEDEIROS, J. A. . PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIE NATIVA PARA PLANTIO NO SEMIÁRIDO COM A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O JUAZEIRO (Zizyphus joazeiro). Revista Geotemas, Pau dos Ferros, v. 3, n. 1, p. 177–188, 2013. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/GEOTemas/article/view/399. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos