ARTE E GEOGRAFIA: HORIZONTES DE PRÁTICAS CRIATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2024.5519Palavras-chave:
Geografias Criativas, Geografia da Arte, (Re)torno CriativoResumo
Desde suas origens como ciência moderna, o conhecimento geográfico tem estabelecido contatos com as práticas artísticas. Esse processo se intensificou após a década de 1960 com a difusão do movimento epistemológico humanista e recentemente têm ganhado um novo fôlego em razão do (re)torno criativo em geografia. Baseado nessas tendências, o ensaio almeja desvelar as articulações contemporâneas entre Geografia e Arte, com foco nas geografias criativas. Para tanto, o texto realiza uma discussão de cunho teórico-metodológico pautada na bibliografia das geografias culturais, em concepções fenomenológicas da arte e em alguns exemplos de aplicações. Ao conceberem as artes como processos que envolvem matrizes de ideias dotadas de múltiplos sentidos, o (re)torno criativo é marcado por estudos que destacam o caráter (in)visível, (in)tangível, (in)dizível e (im)possível das experiências geográficas. Tratam-se de investigações que articulam performances, grafite, literatura, pintura, instalação e outras manifestações artísticas que se associam de modo sensível, intersubjetivo e intercorporal às dinâmicas espaciais. Para além de promover o estudo geográfico de obras de arte e daquilo que elas provocam no mundo, as geografias criativas também difundem práticas de pesquisa imersivas, experimentais e inspiradas nas expressões artísticas. Desse modo, produções geopoéticas, geoestéticas e arte-geográficas oferecem caminhos metodológicos, teóricos e linguísticos para a renovação das investigações das geografias culturais contemporâneas.
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