Uma analítica heideggeriana sobre a fundação da essência matemática do pensar moderno na metafísica cartesiana
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v15i2.3455Palavras-chave:
Cogito. Sujeito. Representação. Matemático. Verdade. Real. Objeto.Resumo
Procura-se tracejar a fundamentação do pensamento e da metafísica moderna através da obra e da filosofia de René Descartes, partindo da análise da crítica heideggeriana centrada no pensamento moderno do ‘eu’, do subjectum, que é posto como fundamento absoluto para todo pensar representativo moderno. O homem enquanto sujeito torna-se medida, um ‘centro de referências’ para as coisas, para o que é re-presentado. O ente é, então, objetificado, posto em sua dispobibilidade para o sujeito. O mundo, como o que o subjectum se opõe, tornou-se sua medida e extensão, ele é res extensa. A crítica traçada por Heidegger tem por base a determinação do projeto matemático do pensar moderno. O elemento matemático do pensar é definido pelo próprio subjectum que antecipadamente calcula e assegura o real em seu re-presentar (Vor-stellen). A verdade se torna, portanto, na efetivação desse elemento matemático sobre o real, certeza da representação. O sujeito é substância primeira do pensar moderno, pois é o que há de mais certo, o que é indubitável. O mundo, res extensa, como extensão do cogito, é forçado a apresentar-se diante dele em sua objetidade através de um cálculo-axiomático prévio sobre ele, determinando o caráter de intervenção ilimitada sobre o real.
Downloads
Referências
DESCARTES, René. Descartes: os pensadores. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
DESCARTES, René. “O discurso do método”. In: Descartes: os pensadores. 3. ed. São Paulo: Abril, 1983.
DESCARTES, René. Regras para a direção do espírito. Lisboa: Edições 70, 1989.
HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
HEIDEGGER, Martin. “O tempo da imagem no mundo”. In: Caminhos de floresta. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014. Cap. 2. p. 97-138.
HEIDEGGER, Martin. Que é uma coisa?: Doutrina de Kant dos princípios transcendentais. Lisboa: Edições 70, 1987. 237 p.
___________________.Que é uma coisa?: doutrina de Kant dos princípios transcendentais. Lisboa: Edições 70, 1987. 237 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lisandra Caroline de Araújo Lima Teixeira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
DECLARAÇíO DE DIREITO AUTORAL
1 Ao submeter trabalhos í revista Trilhas Filosóficas, caso este seja aprovado, o autor autoriza sua publicação sem quaisquer ônus para a revista ou para seus editores.
2 Os direitos autorais dos artigos publicados na Trilhas Filosóficas são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
3 Fica resguardado ao autor o direito de republicar seu trabalho, do modo como lhe aprouver (em sites, blogs, repositórios, ou na forma de capítulos de livros), desde que em data posterior fazendo a referência í revista Trilhas Filosóficas como publicação original.
4 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
5 Os originais não serão devolvidos aos autores.
6 As opiniões emitidas pelos autores são de sua inteira e exclusiva responsabilidade.
7 Ao submeterem seus trabalhos í Trilhas Filosóficas os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos, ou seja, não publicados anteriormente em qualquer meio digital ou impresso.
8 A revista Trilhas Filosóficas, motivada em dar ampla divulgação das publicações, poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista, através do link da edição de um número publicado, ou mesmo fornecendo o link de artigo específico publicado, em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, Scribd, etc).
9 A revista Trilhas Filosóficas adota a Política de Acesso Livre para os trabalhos publicados sendo sua publicação de acesso livre, pública e gratuita. Portanto, os autores ao submeterem seus trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito sob a licença Creative Commons - Atribuição Não-comercial 4.0 Internacional.
10 O trabalho submetido poderá passar por algum software em busca de possíveis plágios para averiguar a autenticidade do material e, assim, assegurar a credibilidade das publicações da Trilhas Filosóficas e do próprio autor diante da comunidade filosófica do país e do exterior.
11 Mas, apesar disto, após aprovação e publicação do artigo, for constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
12 Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista Trilhas Filosóficas, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhes garantidos o direito í ampla defesa.
13 Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.