O caminho do poético entre Heidegger e Hölderlin:
a essência abissal do poetar
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v14i1.3535Palavras-chave:
Poesia, Sagrado, Caos, Naturea, Physis, AbismoResumo
O artigo tem por base pensar acerca da análise heideggeriana sobre o poetar e sua essência, partindo, assim, da poética de Hölderlin. Busca-se, então, meditar acerca do sentido próprio do poetar e do papel do poeta na escuta e nomeação do sagrado que vem à palavra. A relação do poeta com o sagrado é o cuidado do acolhimento. O poeta é o intermédio entre os deuses, que trazem os acenos do sagrado, e os homens. Esses precisam do canto do poeta no rememorar de sua pátria mais própria que foi esquecida. A natureza é, na poesia de Hölderlin, o sagrado onipresente que tudo permeia e possibilita a criação. Os poetas pressentem o vindouro que se ausentou e por lhe pertencer o corresponde. Ele acolhe o sagrado na palavra e nomeia seu inaugural. Esse sentido, no poetar de Hölderlin, nos remete ao sentido grego de physis, crescimento do que brota por si. Physis dá claridade a tudo que irrompe, ela está em tudo que se presentifica, é clareira (Lichtung). Como natureza é caos sagrado, caos é abismo, aberto em que tudo é engolido. O abismal é, assim, o sem fundamento do real, da liberdade do romper inaugural...
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Referências
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