A violência e o desejo em "Onde os fracos não têm vez"
Uma leitura nietzsche-deleuzeguattariana da criação do filme adaptado do livro de Cormac McCarthy
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v12i2.38Palavras-chave:
Cinema, Literatura, Filosofia, Violência, PensamentoResumo
Este artigo se propõe a comentar o filme Onde os fracos não têm vez (2007), de Ethan e Joel Coen, tendo como base a sua adaptação do livro Onde os velhos não têm vez, de Cormac McCarthy, publicado em 2005. Busca-se como pressuposto balizador do estudo um olhar sobre as temáticas da violência cancerosa do capital e da violência afirmativa do pensamento. Esta última é trabalhada na criação do filme como desejo de produção por parte de suas personagens conceituais. Tomar-se-á como norte para tanto a filosofia de Friedrich Nietzsche e de Gilles Deleuze e Félix Guattari.
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