Heidegger e o problema do conhecimento técnico cientí­fico para o ensino de filosofia

Autores

  • ALEXANDRE SOARES DE SOUSA UFPB

DOI:

https://doi.org/10.25244/tf.v12i2.382

Palavras-chave:

Técnica. Ciência. Filosofia. Homem.

Resumo

O presente artigo objetiva identificar a filosofia nos moldes gregos se valendo do questionamento que se elaborava a partir de tudo que existe, ou seja, o ser. Este questionar fez com que esses primeiros homens se abrissem ao pensamento de tal maneira que os levassem a perceber algo diferente ou o que está por trás das coisas, sua essência. Heidegger guiado por essa tradição recoloca a filosofia no lugar de onde ela nunca deveria ter saí­do, a cotidianidade (praças públicas, mercados, padarias, etc.). Esta saí­da ou desenraizamento do filosofar da vida diária é que a conduziu ao que conhecemos por Metafí­sica ou a uma amnésia filosófica. Esquecida í quela forma de se filosofar originária iniciada pelos gregos, o que resta agora, para que ela permaneça viva e ativa nos dias hodiernos, é atribuir à filosofia funções que não lhe diz respeito, melhor dizendo, trata-la igualmente ao conhecimento técnico-cientí­fico. Deste jeito ela está garantindo a sua sobrevivência se transformando em algo útil. De acordo com Heidegger foi a metafí­sica responsável em conduzir a filosofia para uma cientificidade ou eficiência. Por essa razão não se chega a uma definição acerca da filosofia, porque é esta uma indeterminável.      

 

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Publicado

2020-03-28

Como Citar

SOARES DE SOUSA, A. Heidegger e o problema do conhecimento técnico cientí­fico para o ensino de filosofia. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 141–155, 2020. DOI: 10.25244/tf.v12i2.382. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/382. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO