O conceito de vontade:

dos antigos até Rousseau

Autores

  • Marcos Saiande Casado UFRN

DOI:

https://doi.org/10.25244/tf.v16i2.5628

Palavras-chave:

Rousseau, Antropologia Filosófica, Vontade

Resumo

No Discurso sobre a desigualdade Rousseau caracteriza o homem como um ser no qual “a vontade fala” mesmo quando a “natureza se cala” (1971a, p. 218). Este trabalho tem por objetivo, portanto, buscar compreender o conceito de vontade em Rousseau a partir de uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo histórica e documental. Para tanto, dividimos o trabalho em duas partes, no qual buscamos apresentar ao leitor um quadro sintético da história do conceito de vontade, no primeiro momento, e, em seguida, tentaremos apresenstar uma compreensão de como Rousseau apresenta essa faculdade do espírito humano, considerando o seu pensamento antropológico. Nos esforçamos para demonstrar como a teoria da vontade se constituiu, no decorrer do tempo, e como esse corpo teórico despeja suas águas na modernidade, com especial atenção no pensamento filosófico Rousseau. A vontade representa um conceito articulador e pode ser compreendido como uma importante chave de interpretação do labiríntico pensamento de Rousseau que abrange desde a sua filosofia da educação até sua teoria política.

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Biografia do Autor

Marcos Saiande Casado, UFRN

Possui graduação em Matemática Licenciatura (UFRN) - 2011, Filosofia Bacharelado (UFRN) - 2015, Mestrado em Educação (UFRN) - 2018, Filosofia Licenciatura (UFRN) - 2019 e Doutorado em Educação (UFRN) - 2022. Atualmente é professor do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC) do Centro de Educação da UFRN. É membro da Equipe Multidisciplinar da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) para oferta de cursos no Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). É, ainda, membro do Comitê Editorial da Revista Cadernos de Estágio (e-ISSN: 2763-6488). Tem experiência na área de Didática e Ensino de Filosofia.

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Publicado

2024-11-06

Como Citar

CASADO, M. S. O conceito de vontade: : dos antigos até Rousseau. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 279–294, 2024. DOI: 10.25244/tf.v16i2.5628. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/5628. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

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