Kierkegaard, ironia e niilismo:

algumas reflexões a partir de O Conceito de ironia

Autores

  • Márcio Gimenes de Paula UnB

DOI:

https://doi.org/10.25244/tf.v16i2.6721

Palavras-chave:

Kierkegaard, Sócrates, Ironia, Filosofia Antiga, Romantismo

Resumo

Em 1841, o jovem filósofo dinamarquês Kierkegaard, então com menos de 30 anos, escreveu sua dissertação intitulada O Conceito de ironia constantemente referido a Sócrates. Ali, o pensador nos brinda, na primeira parte da obra, com a ironia socrática, valendo-se especialmente das interpretações antigas como as de Xenofonte, Platão, Aristófanes, bem como de referências historiográficas como Diógenes Laércio, Hegel, Schleiermacher e outros pensadores das questões socráticas. Na segunda parte da obra, o autor dedica-se a melhor elucidar o vínculo entre a ironia socrática e o niilismo, tal como se pode perceber em alguns dos escritores românticos e ali forja o conceito kierkegaardiano de ironia dominada, que será fundamental para sua interpretação sobre ironia, niilismo e dúvida. Desse modo, o intuito do artigo será abordar a ironia e o niilismo em Kierkegaard tendo em vista a presente obra e algumas de suas repercussões.

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Biografia do Autor

Márcio Gimenes de Paula, UnB

Possui graduação em filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (1999), graduação em teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Independente (1994), mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2002) e doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Atualmente é professor associado do departamento de Filosofia da Universidade de Brasília , membro colaborador e pesquisador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (integrado em projeto de investigação sobre Filosofia da Ação e Valores e em projeto de tradução das obras de Kierkegaard), membro da SOBRESKI (Sociedade Brasileira de Estudos de Kierkegaard), da Associação Brasileira de Filosofia da Religião, do GT de Filosofia da Religião da ANPOF, do Grupo de Filosofia da Religião da UnB, do Grupo de pesquisa sobre a obra de Kierkegaard da UNISINOS, do Grupo Crítica e Modernidade da UNICAMP, do Grupo de Pesquisa de Ética e Política da UnB, do Grupo Crítica e Subjetividade da UFES, da Sociedade Feuerbach Internacional e do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão. Suas pesquisas versam sobre Filosofia da Religião, Ética, Kierkegaard e cristianismo.

Referências

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Publicado

2024-11-06

Como Citar

PAULA, M. G. de. Kierkegaard, ironia e niilismo:: algumas reflexões a partir de O Conceito de ironia. Trilhas Filosóficas, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 327–339, 2024. DOI: 10.25244/tf.v16i2.6721. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/6721. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTíNUO