O ESTETA NA OBRA DE KIERKEGAARD:
a representação literária do desespero Inconsciente e Aespiritual
Palavras-chave:
Kierkegaard, Desespero, Esteta, Literatura, FilosofiaResumo
Kierkegaard ganhou as prateleiras da literatura mundial descrevendo, com maestria reconhecida, justamente "a forma de desespero [o inconsciente] mais frequente no mundo1". Os escritos estéticos tratam tanto de uma grande caricatura satírica e iconoclasta do homem de seu tempo - da Dinamarca e de toda a filosofia e cultura européia do século XIX - como também de um retrato fixo, segundo sua crítica, do modo de vida mais irreflexivo que sobressalta a existência. Não obstante, isso foi pouquíssimo levado em conta e prejudicou a própria leitura hermenêutica dos seus escritos estéticos. Este trabalho intenta demonstrar, assim, como das três formas de Desespero, descritas por AntiClimacus em The Sickness Unto Death, a primeira e mais comum coincide exatamente com as descrições românticas do esteta. Isto nos leva à conclusão de que os textos referentes a este modo de vida tinham uma intenção teórica e filosófica ao invés de ser, como na compreensão recorrente, simples literalismo esvaziado.
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Referências
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