A dimensão organizacional do Turismo de Base Comunitária (TBC): uma análise crítica da produção em periódicos de 2006 a 2025
DOI:
https://doi.org/10.59776/2764-5835.2025.7205Resumo
O estudo de práticas organizações no campo do turismo, vem sendo muito focadas em
modelos generalistas, tanto no campo da política pública quanto da gestão empresarial. Apesar
dos estudos que vêm sendo desenvolvidos sobre formas alternativas de organização, segue uma
inquietação sobre práticas alternativas de organizar que signifiquem, efetivamente, rupturas
com um discurso político pautado na concepção de organização sob um enfoque sistêmico
estrutural gerencialista, que é o modelo hegemônico de organizar.
Misoczky, Flores e Böhm (2008) sugerem que os estudos organizacionais devem explorar
novas possibilidades, tanto em abordagens processuais quanto em outras disciplinas, com o
objetivo de não apenas criticar o gerencialismo, mas também de desenvolver estratégias que
politizem a teoria organizacional. Essa perspectiva é especialmente relevante para o campo do
turismo, onde é fundamental entender as dinâmicas de resistência e os antagonismos presentes
nas relações sociais e nas lutas por justiça. Para superar as limitações tradicionais da gestão
organizacional, Spicer e Böhm (2006) afirmam que é essencial conhecer as formas de
organização que grupos adotam para se opor ao discurso dominante da gestão. Nesse contexto,
o Turismo de Base Comunitária (TBC) emerge como um campo promissor para análise, pois
representa uma prática turística em que as comunidades locais, como populações tradicionais,
trabalhadores rurais e representantes de culturas indígenas, são os protagonistas. Isso contrasta
com modelos turísticos baseados em princípios neoliberais, que frequentemente priorizam uma
abordagem instrumental e teleológica. Assim, o TBC não apenas desafia as normas
hegemônicas do turismo, mas também promove um modelo mais justo e sustentável, destacando
a importância do empoderamento comunitário e da preservação cultural.
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