ETNOCARTOGRAFIA DA PESCA NAS TERRAS INDÍGENAS KAXINAWÁ DO MUNICÍPIO DE JORDÃO – ACRE – BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2025.7197Palavras-chave:
Etnomapeamento, Huni Kuĩ, Pesca, Amazônia, Planos de Gestão Territorial e AmbientalResumo
A experiência aqui relatada refere-se às oficinas de etnocartografia realizadas entre 2004 e 2016 em 13 Terras Indígenas (TIs) localizadas no Alto Juruá e Alto Purus, na faixa de fronteira internacional entre o Acre (Brasil) e Ucayali/Madre de Dios (Peru). Neste caso específico, o artigo trata do mapeamento das zonas de pesca realizado em 2005 nas três Terras Indígenas Kaxinawá localizadas no município de Jordão. As oficinas de etnomapeamento têm como objetivo subsidiar processos comunitários de gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas do Estado do Acre. Caracterizam-se especificamente por ações de pesquisa e diagnósticos socioambientais realizados pelos próprios povos indígenas sobre os recursos naturais e culturais pertinentes às comunidades. Essas ações são desenvolvidas por meio de ações políticas e educativas que resultam na criação de mapas temáticos e na sistematização de Planos de Gestão Territorial e Ambiental.
Downloads
Referências
ACRE. Agência Notícias do Acre. https://agencia.ac.gov.br/acre-concentra-vasta-diversidade-de-povos-indigenas/. Acesso em: 03 março de 2025.
AQUINO, T. Classificação dos seres das águas. Entrevista com Carlito Cataiano Neto, índio Kaxinawá. Rio Branco, 1996, mimeo.
AQUINO T y Iglesias, M. P. Kaxinawá do Rio Jordão História, Território, Economia e Desenvolvimento Sustentado. Comissão Pró-Índio do Acre, Rio Branco, 1994.
BOLAÑOS, M. A. Estudio introductorio. In: (Coord. Bolaños, M. A. Schmidt, E. B.) Las otras cartografías Etnografía de la experiencia indígena del espacio y el tempo. Secretaría de Cultura instituto Nacional de Antropología e Historia, Ciudaddel Mexico, 2023, p. 9 – 29.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. O Comitê de Bacia Hidrográfica - O que é e o que faz? Agência Nacional de Águas, Cadernos de Capacitação em Recursos Hídricos, Volume 1, Brasília, 2011.
COBERTT, J. Buenas prácticas en cartografía participativa. Análisis preparado para el Fondo Internacional de Desarrollo Agrícola, fida, Roma, 2009.
CORREIA, H. H, S. Antes o mundo não existia: mito escrito eco saberes. In: (Org.) CORREIA, H. H. S; VELDEN, F. V; ROCHA, H. R. Humano e outro-que-humanos narrativas Amazônicas - Perspectivas literárias e antropológicas sobre saberes ecológicos, tradicionais, estéticos e crítico. São Carlos, 2023, Editora De Castro, p 7 – 25.
DESCOLA, P. Ecologia e Cosmologia. En: (Org.) Castro, E. y Pinton, F. Faces do Trópico Húmido – Conceitos e questões sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente. UFPA, Belém,1997, editora CEJUP, p. 243 – 261.
DIEGUES, A. C. (Org); ARRUDA, R. S. V.; SILVA, V. C. F. da; FIGOLS, F. A. B; Andrade, D. Os Saberes Tradicionais e a Biodiversidade no Brasil. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, Coordenadoria da Biodiversidade COBIO, Núcleo de Pesquisas Sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras NUPAUB, Universidade de São Paulo, USP, Brasília, 2000.
FRESCHI, J. M. Relatório da II Oficina de Etnomapeamento da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia. Projeto de Conservação Transfronteiriça da Serra do Divisor e Alto Juruá (Brasil-Peru), Subprojeto: Etnomapeamento em 8 Terras Indígenas na Faixa de Fronteira do Estado do Acre, Brasil/Peru, Comissão Pró-Índio do Acre, CPI/Ac, Rio Branco, 2004, mimeo.
GAVAZZI, R. A. Indigenous Cartography in Acre – influencing Public Policy in Brazil – En: (Org.) Halder, Severin; Heyer, Karl; Michel, Boris; Greth, Silker; Baumgarten, Nico; Boos, Philip, Docweizer, Paul; Virchow, Laurenz; Lambio. Chiristoph. This is not an atlas, Düsseldorf, 2018, p. 112 – 117.
GAVAZZI, R. A. Agrofloresta e Cartografia Indígena: a gestão territorial e ambiental nas mãos dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo -USP, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Geografia, São Paulo, 2012.
GAVAZZI, R. A. Uma experiência de gestão territorial nas Terras Indígenas do Acre. In: Tabebuia, (Org.) Almeida, M. I. Índios, Pensamento, Educação, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, Faculdade de Educação, Belo Horizonte, 2011, p. 236 – 249.
GAVAZZI, R. A. Plano de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígena do Acre. Jornal página 20, Rio Branco, 2008.
GAVAZZI, R. A. y ALMEIDA R. A. de. Etnocartografia, uma Experiência com Mapeamento Participativo no Acre. In: II Simpósio Internacional Caminhos da Cartografia na Geografia, 2, 2010, São Paulo. Anais: Departamento de Geografia - Fflch/USP, São Paulo, 2010, p. 223 -233.
GAVAZZI, R. A. y FRESCHI, J M. Depoimentos gravados durante as apresentações I Oficina de Etnomapeamento das Terras Indígenas Kaxinawá do Rio Jordão, Baixo Rio Jordão e Seringal Independência. Programa de Gestão Territorial e Ambiental, Comissão Pró-Índio do Acre, Rio Branco, 2005, mimeo.
GAVAZZI, R. A. y RAMALHO, A. L. M. (Org.) Plano de Gestão Territorial e Ambiental das três Terras Indígenas Kaxinawá do Jordão. Comissão Pró-Índio do Acre CPI/AC, e Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC), Rio Branco, 2012.
HARLEY, J. B. () La nueva naturaleza de los mapas. Ensayos sobre la historia de la cartografía (comp. Laxton, de Paul e introdução de Andrews J. H.), México, 2005, fce.
HEIZER, R. F. Venenos de pesca. (Org.) Ribeiro, B. G. SUMA Etnológica Brasileira – 1 Etnobiologia, 2ͣ Petrópolis, Edição, Vozes, 1987, p. 95 – 99.
LAGROU, E. M. Uma etnografia da cultura Kaxinawá entre a cobra e o Inca. Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991.
PEARCE, M. W. y LOUIS R. P. Mapping Indigenous Depth of Place. American Indian Culture and Research Journal, Mainstreaming Indigenous Geographies, 2008, 32 no. 3, p. 107–126.
RAMALHO, A. L. SENA, V. O. (Org.) Nŭ hiwea, bestsa betsapa howeabu – Nossa biodiversidade, nossa vida. Comissão Pró-Indio do Acre, Rio Branco, 2017.
RESENDE, M. S. y GAVAZZI, R. A. (Org.) Geografia Indígena. Setor de Educação, Comissão Pró-Índio do Acre, CPI/Ac, Rio Branco, 1992.
TAVARES, R. A. Relatório da I Oficina de Etnomapeamento das Terras Indígenas Kaxinawá do Baixo Rio Jordão e Seringal Independência. Projeto de Conservação Transfronteiriça do Alto Juruá e Serra do Divisor, Brasil/Peru, Subprojeto Etnomapeamento em 8 Terras Indígenas na Faixa de Fronteira do Estado do Acre, Brasil/Peru, Comissão Pró-Índio do Acre – CPI/AC; Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre - AMAAIAC; Associação dos Povos Indígenas do Rio Humaitá- ASPIRH e Associação da Cultura Indígena do Humaitá (ACIH), Rio Branco, 2005, mimeo.
WOODWARD D. y LEWIS M. G. Cartography in the Tradicional African, American, Artic, Australian, and Pacific Societies. I: The History of Cartography, V.2, book 3, The University of Chicago, Chicago and London, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Geotemas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que submeterem seus manuscritos para a Geotemas declaram que o trabalho trata-se de artigo original, não tendo sido submetido para publicação, na íntegra ou em parte, em outro periódico científico nacional ou internacional ou em outro veículo de circulação. Os autores declaram também que concordam com a transferência dos direitos autorais do referido artigo para a revista Geotemas (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), permitindo publicações posteriores, desde que seja assegurada a fonte de sua publicação. Assumem, por fim, a responsabilidade pública pelo artigo, estando cientes de que poderão incidir sobre os mesmos os eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do trabalho.




















