GOVERNAMENTALIDADE E O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE: DAS RELAÇÕES DE PODER À CONSTITUIÇÃO ÉTICA DO SUJEITO
Palavras-chave:
Governamentalidade, Relações de Poder, Dispositivo da Sexualidade, Constituição ética do SujeitoResumo
O presente trabalho retoma o pensamento de Michel Foucault quanto aos conceitos de governamentalidade e de dispositivo da sexualidade; enquanto elemento que é atravessado por exercícios de poder; problematizando como estes incidem sobre os processos de constituição ética do sujeito. Se detém, assim, a investigar o poder enquanto relações de poder. Pensando desde a questão do biopoder e da biopolítica, responsáveis pelo engendramento dos diversos mecanismos de controle e dispositivos de segurança, até a arte do governo de si, que parte de uma perspectiva ética por meio da qual o sujeito se constituiria através de um cuidado de si que se desenvolve por meio de técnicas de si, as quais se dão em grande medida em torno da sexualidade humana. Nessa perspectiva, o dispositivo da sexualidade teria um duplo papel, estabelecendo tanto modos de objetivação como de subjetivação dos indivíduos. O que se dá por meio da produção de saberes, condutas e resistências, as quais constituem os sujeitos, inserindo-os na lógica da governamentalidade.
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