A filosofia concreta de Gabriel Marcel:
por uma filosofia da história da filosofia e uma filosofia do ensino da filosofia
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v13i3.1231Palavras-chave:
Gabriel Marcel. Vocação. História da filosofia. Vitrine. HeideggerResumo
O artigo pretende meditar a questão do que significa filosofia e a consequente crítica marceliana de uma determinada forma de se estudar e lecionar a história da filosofia. Assim como Marcel e outros filósofos franceses já constatavam a necessidade de uma filosofia da história da filosofia, para não recair numa exposição de uma multiplicidade de filósofos, um ao lado do outro, como numa "vitrine" que expõe produtos à venda, da mesma forma e radicalidade é preciso pensar e fazer uma filosofia do ensino da filosofia. Sem isto a aula de filosofia se reduz à reprodução de ideias e resumos de obras de filosofia com seus respectivos contextos históricos, sem, porém, conduzir o estudioso a uma experiência existencial disto. É preciso co-fazer com o filósofo estudado, na aula ou leitura pessoal, a mesma via-gem, o mesmo per-curso per-corrido pelo filósofo numa determinada obra clássica de filosofia e não apenas ser informado sobre suas ideias, num "espírito de abstração", tornando-se apto para fazer "provas", sem, contudo, encarná-las ou apropriá-las.
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