A história da filosofia como coisa da filosofia
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v16i2.6650Palavras-chave:
história da filosofia, filosofia da história da filosofia, historiografia filosófica, hermenêutica origináriaResumo
Este ensaio pretende pôr em discussão questões que concernem à história da filosofia. Tais questões são: o que é filosofia? Qual a sua “coisa”? A “coisa” da filosofia é histórica e/ou é história? A história da filosofia diz respeito essencialmente a esta “coisa”? Como é a historicidade da filosofia? Quais as possibilidades e os limites de uma historiografia filosófica? Qual o sentido de uma confrontação pensante com a história da filosofia? Filosofia é filosofar. Filosofar é uma realização de ser. É a radicalização da possibilidade de ser do pensamento. Trata-se de uma correspondência ao mistério do que se dá e se subtrai nas destinações do tempo. Filosofia é correalização cairológica da realidade. A historiografia filosófica que se empreende depende, a cada vez, em sua visão prévia, conceituação prévia e em sua posição prévia, da filosofia da história da filosofia que se tem. Os métodos do pensamento objetivo (método filológico, hermenêutica enquanto técnica e teoria da interpretação) são insuficientes para uma confrontação pensante com a história da filosofia. Esta requer uma hermenêutica originária.
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