A MÍSTICA ESPECULATIVA A PARTIR DA METÁFORA DO OLHAR EM DE VISIONE DEI DE NICOLAU DE CUSA (1401-1464)
speculative mystic based on the metaphor of gaze in de visione dei by Nicholas of Cusa (1401-1464)
DOI:
https://doi.org/10.25244/tf.v13i1.2402Keywords:
Nicholas of Cusa, Mysticism, Speculation, The gaze of GodAbstract
This article explains the mystical-speculative experience that Nicholas of Cusa (1401-1464) proposes to the monks of Tegernsee to lead them to "sacred obscurity" or "mystical theology". The author was motivated by the prominent discussion from fifteenth century, about whether one should understand the contemplative view in a merely affective or intellectual way. This debate involved two major thinkers from both perspectives, Vicente de Aggsbach and Gerson, respectively. After an exchange of letters, Nicholas of Cusa sent to the Benedictine monks the De visione dei (1453) and a painting that represents "the figure of an omnivoyant" that he called "Icon of God". Thus, from the experience of looking at a painting, whose technique brings the peculiarity of the painted look accompany the one who looks at it, Nicholas leads them to speculating about the experience of the gaze of God that does not abandon and accompanies each and every one. Therefore, the path proposed in De visione dei is a true "guiding by hand" (Manuductio) so that monks, according to their abilities, reach the mystical experience: from the finite look of the painting to the infinite gaze that is the very God"™s gaze. Therefore, the article, within the scope of the philosophy of Nicholas of Cusa, shows the reflexive path that starts from the experience of finitude until the highest and deepest speculation that man can make: contemplating the divine.
Downloads
References
BLANC, Mafalda de Faria, A construção da visão em Nicolau de Cusa. In: Philosophica, 14. Novembro de 1999, p. 31-49.
CUSA A GASPARD AINDORFFER. Brixen, 22 septembre 1452. In: VANSTEENBERGHE, Edmond. Autour de la docte ignorance - une controverse sur la théologie mystique au XVe siècle. Münster, 1915. p.111-113.
ECKHART, Mestre. Sermão 12: Qui audit me non confundetur. In: ECKHART, M., Sermões alemães: sermões 1 a 60. Tradução e introdução, Enio Paulo Giachini. Revisão da tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. Apresentação de Emmanuel Carneiro Leão. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco; Petrópolis: Vozes, 2006, p. 102-105.
GASPAR AINDORFFER A CUSA, Avant le 22 septembre 1452. In: VANSTEENBERGHE, Edmond. Autour de la docte ignorance - une controverse sur la théologie mystique au XVe siècle. Münster, 1915. p. 109-111.
HILDEGARDA, Santa. Scivias: (scito vias domini): conhece os caminhos do senhor. Tradução de Paulo Ferreira Valério. São Paulo: Paulus, 2015
KUES, Nikolaus von. Philosophisch-Theologische Werke. Felix Meiner Verlag: Hamburg, 2002. Band I: De docta ignorantia.
LIBERA, Alain de. A filosofia medieval. 3ª ed., São Paulo: Edições Loyola, 2011;
NOGUEIRA, Maria Simone Marinho. O De visione Dei como expressão da experiência religiosa em Nicolau de Cusa. IN: Scintilla. Revista de Filosofia e mística medieval. Vol. 3 – nº1 – jan./jun. 2006; p. 55-71.
______. Entre o affectus e o intellectus: a experiência humana do divino no pensamento de Nicolau de Cusa. Perspectiva Filosófica – Revista dos Programas de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal da Paraíba. Vol. I, N. 35, 2011. p. 73-90.
______. Nicolau de Cusa: Olhar e Mística. In: Mirabilia, 14. Mística e Milenarismo na Idade Média/Mistica y Milenarismo en la Edad Media/Mystic and Millenarianism in Middle Ages. ROSSATTO, Noeli Dutra (org.). Jan-Jun 2012/ISSN 1676-5818.
______. O olhar e a reflexão sobre o Outro em De visione dei de Nicolau de Cusa. In: NOGUEIRA, Maria Simone Marinho. Contemplatio: Ensaios de filosofia medieval. Campina Grande/PB: EDUEPB, 2013. p. 171-192.
NICOLAI DE CUSA. De visione Dei. Opera omnia. Iussu et auctoritate Academiae Litterarum Heidelbergensis ad codicum fidem edita. Vol. VI. Edidit A. D. Riemann. Hamburgi: Felicis Meiner, 2000.
______. De coniecturis. Opera omnia. Iussu et auctoritate Academiae Litterarum Heidelbergensis ad codicum fidem edita.Vol. III. Ediditerunt J. Koch et C. Bormann. Hamburgi: Felicis Meiner, 1972.
______. De theologicis complementis. Opera omnia. Iussu et auctoritate Academiae Litterarum Heidelbergensis ad codicum fidem edita.Vol. X, Opuscula II, Fasciculus 2 a. Ediderunt Adelaida Dorothea Riemann et Carolus Bormann. Hamburgi: Felicis Meiner, 1994.
NICOLAU DE CUSA. A Douta Ignorância. Trad. João Maria André. Lisboa/PT: Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.
NICOLAU DE CUSA. A visão de Deus. Tradução e introdução de João Maria André; prefácio de Miguel Baptista Pereira. 4ª Edição Revista. Lisboa/Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012
______. A Visão de Deus. Trad. João Maria André. Lisboa/PT: Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.
NIKOLAUS VON KUES, Philosophisch-teologische Werke, Felix Meiner Verlag,
Hamburg, 2002, Band 1.
De docta ignorantia. Die belehrte Unwissenheit. Übersetzt und herausgegeben
von P. Wilpert und H. G. Senger.
Buch I – erweiterte Auflage, besorgt von H. G. Senger, 1994.
Buch II – erweiterte Auflage, besorgt von H. G. Senger, 1999.
Buch III – erweiterte Auflage, besorgt von H. G. Senger, 1999.
MACHETTA, Jorge Mario. Nicolás de Cusa: perspectivas éticas a partir de su concepción del individuo y de la visión de dios. In: Veritas, Vol. 44, n. 3, Porto Alegre: PUC, 1999. p. 823-830.
PLATíO. O banquete. Edição bilíngue; tradução, posfácio e notas de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Editora 34, 2016.
RIEMANN, Adelaida Dorothea; BORMANN, Carolus. Praefatio. In: NICOLAI DE CUSA. De theologicis complementis. Opera omnia. Iussu et auctoritate Academiae Litterarum Heidelbergensis ad codicum fidem edita.Vol. X, Opuscula II, Fasciculus 2 a. Ediderunt Adelaida Dorothea Riemann et Carolus Bormann. Hamburgi: Felicis Meiner, 1994, p. IX-XXV.
VANSTEENBERGHE, Edmond. Autour de la docte ignorance - une controverse sur la théologie mystique au XVe siècle. Münster: Aschendorffsche Verlagsbuchhandlung, 1915
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARAÇíO DE DIREITO AUTORAL
1 Ao submeter trabalhos í revista Trilhas Filosóficas, caso este seja aprovado, o autor autoriza sua publicação sem quaisquer ônus para a revista ou para seus editores.
2 Os direitos autorais dos artigos publicados na Trilhas Filosóficas são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
3 Fica resguardado ao autor o direito de republicar seu trabalho, do modo como lhe aprouver (em sites, blogs, repositórios, ou na forma de capítulos de livros), desde que em data posterior fazendo a referência í revista Trilhas Filosóficas como publicação original.
4 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
5 Os originais não serão devolvidos aos autores.
6 As opiniões emitidas pelos autores são de sua inteira e exclusiva responsabilidade.
7 Ao submeterem seus trabalhos í Trilhas Filosóficas os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos, ou seja, não publicados anteriormente em qualquer meio digital ou impresso.
8 A revista Trilhas Filosóficas, motivada em dar ampla divulgação das publicações, poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista, através do link da edição de um número publicado, ou mesmo fornecendo o link de artigo específico publicado, em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, Scribd, etc).
9 A revista Trilhas Filosóficas adota a Política de Acesso Livre para os trabalhos publicados sendo sua publicação de acesso livre, pública e gratuita. Portanto, os autores ao submeterem seus trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito sob a licença Creative Commons - Atribuição Não-comercial 4.0 Internacional.
10 O trabalho submetido poderá passar por algum software em busca de possíveis plágios para averiguar a autenticidade do material e, assim, assegurar a credibilidade das publicações da Trilhas Filosóficas e do próprio autor diante da comunidade filosófica do país e do exterior.
11 Mas, apesar disto, após aprovação e publicação do artigo, for constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
12 Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista Trilhas Filosóficas, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhes garantidos o direito í ampla defesa.
13 Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.