PLANO BRASIL SEM MISÉRIA (PBSM) E SUAS AÇÕES NO MUNICÍPIO DE ENCANTO (RN)
Palavras-chave:
Políticas Públicas, Plano Brasil sem Miséria; Encanto (RN), Cartografia Social, Rural, PobrezaResumo
O Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) é uma das políticas públicas sociais destinadas aos milhares de brasileiros que se encontram em estado de extrema pobreza, tendo inicialmente como objetivos elevar, até o final de 2014, a renda e as condições de bem-estar da população. Nesta perspectiva, o presente artigo tem por finalidade tecer algumas discussões a respeito desse plano no município do Encanto (RN). Para atingir os objetivos propostos, buscou-se um embasamento teórico sobre a temática do espaço rural, seguindo as ideias de Abramovay (2000); Candido (1971), além de autores que discutem o conceito de pobreza como Barros et al (2000) e Lima (2014); reflexões sobre as políticas públicas voltadas para as problemáticas sociais, debatidas por Teixeira (2002). Avaliou-se também o livro "O Brasil Sem Miséria", publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), de autoria da Ministra Campello et al (2014). Aportou-se teórico-metodologicamente no método da Cartografia Social, trabalhado por Paulston (1996). Para estudar o perfil socioeconômico das famílias beneficiadas, consequentemente o Plano de forma mais detalhada, realizou-se pesquisa de campo e entrevistas, contendo perguntas semiabertas e fechadas, de caráter qualitativo, com o intuito de identificar as possíveis deficiências do Plano. Consideramos que o PBSM no município de Encanto, enquanto uma política pública de transferência de renda, não promove à expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados as pessoas em situação de extrema pobreza, como também não há a inclusão das famílias em outros programas.
Downloads
Referências
ABRAMOVAY, R. Funções e medidas da ruralidade no desenvolvimento contemporâneo. IPEA (Texto para Discussão), n.702, 2000, 33 p. Disponível em: <http://www.ipea.br>. Acesso em: jan. 2015.
ANDRADE, F. G. de; SILVA, C. N. M. da; LIMA, A. M. G. de. As políticas públicas do ministério do desenvolvimento agrário e o ideário de desenvolvimento territorial. X Salão de Iniciação Científica. Anais... Mossoró: UERN, 2014. p.1-9.
BARROS, R. P. ; HENRIQUES, R.; MENDONÇA, R. Desigualdade e Pobreza no Brasil. Retrato de uma Estabilidade Inaceitável. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.15, n.42, 2000. Disponível em: <http://academico.direito-rio.fgv.br/ccmw/imagens/e9/PaesdeBarros.pdf.>Acesso em Jan. 2015.
CAMPELLO, T.; FALCíO, T.; COSTA, P. V. O Brasil Sem Miséria. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Brasília: MDS, 2014.
CANDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1971.
CARNEIRO, M. J. Agricultores familiares e pluriatividade: tipologias e políticas. In: COSTA, Luiz Flavio Carvalho; MOREIRA, R. J.; BRUNO, R. (Org.). Mundo rural e tempo presente. Rio de Janeiro: Mauad, 1999. p.325-344.
COSTA, I. B. da; MESQUITA, H. M. Tipos de habitação rural no Brasil. Rio de Janeiro, SUPREN: Superintendência de Recursos Naturais e Meio Ambiente/IBGE, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1978.
HESPANHOL, R. A. de M. Produção familiar: perspectivas de análise e inserção na microrregião geográfica de Presidente Prudente. (Tese de Doutorado) UNESP, Rio Claro, 2000, 264 p.
IANNI, O. O mundo Agrário. In: ______. A era do globalismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996. p.43-63.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: 07 de abr. 2015.
LIMA, F. E. de S. Pobreza e desigualdades socioterritoriais: uma problematização acerca da perspectiva territorial nas políticas públicas sociais no município de Pau dos Ferros/RN. Dissertação de Mestrado em Geografia. Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014, 235 p.
LINDO, P. V. de F. Geografia e política de assistência social: territórios, escalas e representações cartográficas para políticas públicas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. Disponível em <http://www.culturaacademica.com.br/_img/arquivos/Geografia_e_politica_de_assistência_social_pdf>. Acesso em mai. 2015.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRíRIO – MDA. Assistência Técnica e Extensão Rural. Disponível em <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias>. Acesso em: mai. 2015.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME-MDS. Brasil Sem Miséria. Disponível em <http://mds.gov.br/assuntos/brasil-sem-miseria>. Acesso em: mai. 2015.
UNIíO DAS NAÇÕES UNIDAS-ONU. ONU e IPEA lançam atlas da extrema pobreza no Norte e Nordeste do Brasil. Disponível em: <http://nacoesunidas.org/onu-e-ipea-lancam-atlas-da-extrema-pobreza-no-norte-e-nordeste-do-brasil/>. Acesso em: jan. 2015.
PAULSTON, R. G. (Comp.) Social cartography: mapping ways of seeing social and educational change. New York: Garland, 1996. p.15-24.
PLANO BRASIL SEM MISÉRIA-BSM. Inclusão Produtiva. Disponível em: <http://www.brasilsemmiseria.gov.br/>. Acesso em 09 de abr. 2015. REGO, Walquíria Domingues Leão. Política de cidadania no governo Lula. Ações de transferência estatal de renda: o caso do Programa Bolsa Família. Temas y debates. Argentina, v.14, n.20, p.41-155, out/2010. Disponível em: <http://www.temasydebates.unr.edu.ar/index.php/tyd/article/view/52/50>. Acesso em: Maio/2015.
SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: HUCITEC, 1988.
TEIXEIRA, E. C. O papel das Políticas Públicas no desenvolvimento local e na transformação da realidade. Cadernos da AATR –BA (Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia), Bahia, p. 1-11, 2002. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/dasos/cursos/aatr2/a_pdf/03_aatr_pp_papel.pdf>. Acesso em 26 de jan. 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que submeterem seus manuscritos para a Geotemas declaram que o trabalho trata-se de artigo original, não tendo sido submetido para publicação, na íntegra ou em parte, em outro periódico científico nacional ou internacional ou em outro veículo de circulação. Os autores declaram também que concordam com a transferência dos direitos autorais do referido artigo para a revista Geotemas (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), permitindo publicações posteriores, desde que seja assegurada a fonte de sua publicação. Assumem, por fim, a responsabilidade pública pelo artigo, estando cientes de que poderão incidir sobre os mesmos os eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do trabalho.