La ilusión de crecimiento económico a partir de la exploración eólica para la producción de energía en el semiárido
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2025.6858Palabras clave:
Transición energética, Potencial eólico, Rio Grande do Norte, Crecimiento económico, Desarrollo localResumen
La explotación eólica en municipios de Rio Grande do Norte, como Serra do Mel y João Câmara, para la producción de electricidad ha promovido alteraciones socioeconómicas y ambientales en la región. El crecimiento eólico no debe ser clasificado como desarrollo. El problema se caracteriza por el hecho de que los impactos negativos de las instalaciones eólicas contrastan con la realidad. El discurso, que aseguraba la superación de las desigualdades locales a partir de la generación de empleo e ingresos, no se materializó. El objetivo del presente trabajo fue averiguar la disociación existente entre el crecimiento económico y el desarrollo local en el contexto de la explotación eólica. La investigación se desarrolló mediante una propuesta metodológica mixta, realizada a través de consultas a artículos, disertaciones y tesis, alusivas a la mercantilización de la tierra y a la acumulación por desposesión. Se recolectaron datos relativos al Producto Interno Bruto, la recaudación de impuestos y las contribuciones de los municipios de Serra do Mel y João Câmara, tras la instalación de parques eólicos. A pesar de haberse verificado un aumento en la recaudación municipal, este no se tradujo en políticas públicas, ya que, por ejemplo, la cantidad de familias registradas y beneficiarias del Programa Bolsa Família permaneció inalterada, corroborando la hipótesis investigada. Concluimos que las vulnerabilidades locales son utilizadas únicamente como instrumentos de persuasión por las empresas eólicas para obtener el arrendamiento de tierras con potencial eólico explotable. La mejora en la recaudación municipal, especialmente en la fase inicial, cuando hay una mayor demanda de mano de obra local, no representa la superación de las vulnerabilidades, evidenciándose una elevada dependencia asistencial, lo que implica, por tanto, la inexistencia de un desarrollo socioeconómico.
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