ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA COVID-19 E SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS NOVOS E ÓBITOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
DOI:
https://doi.org/10.26704/pgeo.v3i2.1816Palavras-chave:
Coronavíurs, Covid-19, Epidemiologia, Subnotificação, Rio Grande do NorteResumo
O coronavírus SARS-Cov-2 é um vírus que causa a Covid-19 doença zoonótica, com maior aderência de contaminação entre humanos. A Covid-19 é uma doença de propagação rápida no meio social e tem sua transmissão associada a fluídos orais expelidos pela fala, tosse e espirros que deixam gotículas no ar o contaminam objetos. No Brasil já são mais de 200 mil casos confirmados e quase 14 mil óbitos (dados de 14/05/2020) e no estado do Rio Grande do Norte 2.537 casos novos confirmados e 117 óbitos. O presente estudo se associa a outros que contribuem para o entendimento epidemiológico da doença e se trata de uma pesquisa descritiva e de análise exploratória dos casos de Covid-19 diagnosticados no estado do Rio Grande do Norte até o dia 09 de maio de 2020, que corresponde a 19ª Semana Epidemiológica. A metodologia utilizada se baseia na análise das informações oficiais sobre Covid-19 e SRAG oriundas dos boletins epidemiológicos da Secretaria de Saúde Público do estado, dados do Ministério da Saúde do Brasil, portal da transparência dos cartórios, bem como, levantamento de informações no sistema InfoGripe que é administrado pela Fundação Osvaldo Cruz e para medir o isolamento social dos relatórios de mobilidade comunitária do Google. As análises espaciais foram feitas no QGis, software de código livre, que trabalha com SIG e geoprocessamento de dados espaciais e por usos de planilhas eletrônicas. Os resultados projetam taxas de subnotificação entre 15,09% e 31,12% para os casos novos de Covid-19 para pacientes sintomáticos. Se ajustar os números para se levar em consideração os casos assintomáticos essa taxa sobe para 655,64%, ou seja, o estado pode ter 12.595 pessoas infectadas. Em relação aos óbitos a taxa de subnotificação e de quase 100% e os números ajustados até a semana epidemiológica SE -19 é de 169 óbitos. A pesquisa conclui que espacialização da doença mostra que ela tem dois epicentros (Mossoró e Natal) e que os principais eixos rodoviários representam os vetores de transmissão. Confirma a necessidade de manter um isolamento social com maiores restrições e ressalta a necessidade de estruturar barreiras sanitárias no entorno dos municípios de maior acometimento da doença para diminuir o fluxo de pessoas com sintomas clínicos da Covid-19.
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