PULSÃO DE MORTE, COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS, FISSURAS E AMBIVALÊNCIA SEXUAL: A DISSOLUÇÃO DO CORPO ORGÂNICO DIANTE DO MUNDO ADMINISTRADO NA ADAPTAÇÃO CRASH: ESTRANHOS PRAZERES (1996) DE DAVID CRONENBERG

Autores

  • Jonathas Martins Nunes
  • José Carlos Felix

Palavras-chave:

Crash, Cinema, Teoria Crí­tica

Resumo

Neste artigo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB e resultado de pesquisa de Iniciação Cientí­fica, buscamos investigar os processos de dissolução do sujeito moderno via mutação corporal, engendradas por meio de uma mirí­ade de estratégias como: pulsão de morte, colisões automobilí­sticas, fissuras e ambivalência sexual, estabelecidas a partir da relação/tensão do sujeito com as mercadorias fetiches da sociedade contemporânea – carros – os quais são convertidos em uma nova forma de erotismo cibernético/imagético. Para tanto, examinaremos a adaptação cinematográfica Crash: Estranhos prazeres (1996), dirigido por David Cronenberg, baseado no romance homônimo do escritor inglês J. G. Ballard (1973). Nesta investigação analí­tica, consideramos ainda o imaginário relacionado ao automóvel e aos desastres automobilí­sticos como uma imagem e representação de ruptura da exaustão sexual e normatização social, evidenciando a potencialidade persuasiva da tecnologia/indústria em interação com o corpo humano, mediados pela noção de mundo administrado, termo cunhado pelos crí­ticos frankfurtianos Adorno e Horkheimer (2006).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jonathas Martins Nunes

Graduando em Letras Lí­ngua Inglesa pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Campus IV), Bolsista de Iniciação Cientí­fica (FAPESB).

José Carlos Felix

Doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Campus IV).

Referências

ADORNO, T. W. "A indústria cultural (reconsiderada)". In: Theodor W. Adorno. COHN, G. (org). São Paulo: Editora Ática, 1994, p. 92-99.
BALLARD, James. Crash. London: Vintage, 1995.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Tradução de Maria João Pereira. Lisboa: Relógio D´Água, 1991.
BEARD, William. The artist as a monster: the cinema of David Cronenbeg. Toronto: University of Toronto Press, 2006, p.378-442. DUARTE, R. Teoria crí­tica da indústria cultural. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
GATTI, L. F. "Indústria cultural e crí­tica da cultura". In: Curso livre de teoria crí­tica. NOBRE, M. (org.). São Paulo: Papirus Editora, 2008, p. 73-96.
NICOL, B. "Introduction: postmodernism and postmodernity". In: The Cambridge introduction to postmodern fiction. New York: Cambridge Universty Press, 2000. P. 1- 16.
PARVEEN, Adams. "Death drive". In: The modern Fantastic: The films of David Cronenberg. Michael, Grant (Ed.). London: Praeger, 2000, p. 102-122.
PONTE, Charles. Indústria cultural, repetição e totalização na trilogia pânico. 2011. 327 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas.

Downloads

Publicado

2015-12-31

Como Citar

NUNES, J. M. .; FELIX, J. C. . PULSÃO DE MORTE, COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS, FISSURAS E AMBIVALÊNCIA SEXUAL: A DISSOLUÇÃO DO CORPO ORGÂNICO DIANTE DO MUNDO ADMINISTRADO NA ADAPTAÇÃO CRASH: ESTRANHOS PRAZERES (1996) DE DAVID CRONENBERG. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 2, n. 2, p. 213–223, 2015. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/108. Acesso em: 22 dez. 2024.