LEITURA, ESCRITA E ANÁLISE LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM INTERPRETATIVA ANTIRRACISTA
Palavras-chave:
Leitura, Escrita, Análise linguística, Letramento crítico, AntirracismoResumo
O ensino de língua portuguesa exige o trabalho com a linguagem, tendo em vista a prática cotidiana de interação. Nesse sentido, a análise linguística é um conhecimento importante, que deve ser efetivada, juntamente com práticas de leitura e escrita. Ao longo dos estudos linguísticos, diversas teorias se desenvolveram até possibilitarem a oferta de pressupostos teóricos que consideram a prática linguística, vinculada ao contexto social. As abordagens dos conceitos de Letramentos e Multiletramentos são um exemplo do avanço desses estudos, tendo em vista a multiplicidade de gêneros e os contextos sociais que exigem essas competências (leitura, escrita e linguística), como no caso do ambiente digital. Após essas reflexões, é importante destacar a abordagem do ensino por uma perspectiva da Teoria do empoderamento, com base nas propostas de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido e Teoria da conscientização), e ampliada pelos debates engendrados pelo Feminismo negro, sobretudo pelo conceito de interseccionalidade, termo cunhado por Kiberlé Crenshaw. A autora explica que "há uma invisibilidade que é consequência da articulação dos grupos subalternizados dentro da pirâmide social" (CRENSHAW, apud BERTH, 2019, p. 60). Nesse sentido, defende-se, no presente estudo, o trabalho com temas transversais, tendo em vista as vivências na sala de aula, permeadas de conflitos, muitas vezes, banalizados. Para concluir, quatro textos de gêneros distintos (tira, canção, charge e fotografia) corroboram a importância da tríade: leitura, escrita e análise linguística, presentes nas propostas de atividades. Trata-se de abordagens imprescindíveis ao ensino de língua portuguesa, mas necessárias a todas as disciplinas.
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